Defendido fortalecimento das agências de segurança
O decano dos adidos africanos de Defesa acreditados em Angola, Barcon Sazi Dlamini, defendeu ontem, em Luanda, o desenvolvimento e a implementação de instrumentos legislativos e de medidas práticas nacionais antiterroristas que visem o fortalecimento das agências de segurança.
O também adido militar sul-africano, que propôs estas medidas na Assembleia Nacional, durante um seminário sobre “A problemática da migração e terrorismo em África”, entende que as agências de segurança devem cooperar com o exterior com vista a desmantelar as redes ilegais de tráfico.
Barcon Sazi Dlamini defende que os países africanos sensibilizem as nações industrializadas para deixarem de colocar barreiras na livre circulação de trabalhadores, através da Organização Mundial do Comércio. Dlamini citou como exemplo os criminosos que exploram o protocolo sobre a livre circulação de pessoas na região e causaram estrangulamentos no processo de segurança interna dos países alvos.
Por isso, Barcon Sazi Dlamini disse ser necessário que os países africanos analisem os efeitos e os desafios do terrorismo e da migração em África para traçarem estratégia. A cooperação entre os Estados, disse, não tem sido a principal prioridade para todos os Estados da região.
O decano dos adidos militares falou também dos efeitos políticos do terrorismo e destacou que essas acções têm ameaçado e desestabilizado a soberania e democracia de muitos Estados africanos. O estado de insegurança criado pelos terroristas ameaça a confiança das pessoas e a capacidade dos seus governos para manter a lei e a ordem, disse, adiantando que estes desenvolvimentos afectam negativamente a democracia, ameaçam a estabilidade e segurança dos Estados afectados em África.