Agenda Urbana tem nova versão
Conferência das Nações Unidas sobre Habitação encerrou no Equador
A conferência da ONU sobre Habitação e Desenvolvimento Sustentável “Habitat III”, iniciada segunda-feira em Quito, Equador, terminou quinta-feira com a adopção da Nova Agenda Urbana, cuja materialização vai contar com o concurso de Angola.
A conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Sustentável “Habitat III”, iniciada segunda-feira em Quito, Equador, terminou quinta-feira com a adopção da Nova Agenda Urbana, cuja materialização vai contar com o concurso de Angola.
O documento propõe orientações para tornar as cidades em todo o mundo mais inclusivas, verdes, seguras e prósperas, sendo a base da implementação da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável e outras agendas de reformas importantes. Angola pode fazer parte do leque de 15 países africanos escolhidos para a implementação da Nova Agenda Urbana, informou a ministra do Urbanismo e Habitação, Branca do Espírito Santo, no final de um encontro que teve com a secretáriageral adjunta da UN Habitat, Aisa Kirabo Kacyira, após a cerimónia de encerramento da conferência das Nações Unidas Habitat III.
“A secretária-geral adjunta informou-me que é expectativa da UN Habitat que Angola seja um dos 15 países africanos escolhidos para a implementação da Nova Agenda Urbana e que se propõe trabalharmos juntos para angariarmos fundos para a implementação da agenda em Angola”, disse. Assim, Angola pode ser um país piloto para futura demonstração aos demais países, acrescentou.
Aisa Kirabo Kacyira aproveitou a ocasião para agradecer a Angola, por ter participado em todo o processo preparatório das condições para a instalação da UN Habitat no país, cujo escritório pode servir para apoiar a África lusófona. A conferência foi bastante participativa, segundo avaliação da ministra do Urbanismo e Habitação, Branca do Espírito Santo, que representou no encontro o Chefe de Estado angolano. “Além da participação no acto político, estivemos também presentes na exposição, com o Stand do Governo de Angola e o de uma universidade angolana”, disse.
Na cerimónia de encerramento da conferência, o secretário executivo da UN Habitat, Joan Closi Matheu, garantiu que os desafios enfrentados pelas cidades foram analisados e discutidos e chegou-se a um acordo sobre um plano comum para os próximos 20 anos. A delegação multissectorial angolana esteve também presente em várias mesas redondas e seminários acolhidos pela Habitat III, para dar a conhecer ao mundo o que Angola fez e faz, uma vez que um dos objectivos da conferência foi avaliar o que os governos fizeram desde o Habitat II. A promoção da cooperação entre cidades no domínio do desenvolvimento urbano e sustentável, bem como a definição harmonizada do conceito de cidade a nível mundial, também fazem parte das propostas.
A delegação angolana integrou representantes dos Ministérios da Administração do Território, da Justiça, da Família e Promoção da Mulher, directores nacionais do Ministério do Urbanismo e Habitação e dos institutos por si tutelados. A primeira conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Sustentável realizou-se em Vancouver, Canadá, em 1976, e ficou conhecida como “Habitat I”.
Naquela conferência, os governos dos Estados participantes reconheceram a urgência de assentamentos humanos sustentáveis e as consequências da rápida urbanização. As recomendações de Vancouver foram ratificadas 20 anos depois na conferência “Habitat II”, em Istambul, Turquia, onde foi adoptado o Plano de Acção Global.