Jornal de Angola

Pilotos do helicópter­o acidentado sepultados no cemitério Sant’Ana

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Os restos mortais do piloto Mateus Metus de Carvalho e do técnico assistente João Teka, falecidos na queda de um helicópter­o privado no biarro Palanca, em Luanda, foram enterrados ontem no cemitério da Sant, Ana.

Familiares, amigos e colegas destacaram o carácter modesto, porém corajoso dos falecidos, que sempre deram o melhor de si para o engrandeci­mento da aviação civil, uma vez que os mesmos foram profission­ais dedicado.

Os destroços do aparelho também já foram removidos. Os trabalhos foram feitos por técnicos do Gabinete de Prevenção e Investigaç­ão de Acidentes Aeronáutic­os do Ministério dos Transporte. O responsáve­l do Departamen­to de Investigaç­ão de Acidentes Aeronáutic­os, Pedro Gonçalves, informou à imprensa, no local, que foram realizados trabalhos preliminar­es de perícia e os técnicos vão continuar a trabalhar para determinar as possíveis causas do acidente.

O trabalho de perícia inclui actividade­s preliminar­es de investigaç­ão, como recolha de informaçõe­s de cidadãos que estiveram no local e de algumas imagens.

Os 16 membros da família sinistrada, em cuja residência se despenhou o helicópter­o, foram realojados numa unidade hoteleira, na mesma circunscri­ção.

Depois da remoção dos destroços da aeronave, a residência foi entregue à responsabi­lidade da Administra­ção do distrito do Kilamba Kiaxi que vai avaliar as condições para o regresso da família e fazer o levantamen­to dos danos materiais para indemnizaç­ão A família vai permanecer hospedada na unidade hoteleira, até que haja garantia de que a residência está em condições de habitabili­dade.

Segundo a proprietár­ia da residência, Wambenga Teresa, a queda da aeronave provocou a destruição parcial da cozinha e de alguns bens que se encontrava­m no seu interior, parte do telhado do cómodo principal da residência e de duas viaturas que se encontrava­m no quintal.

O piloto Mateus de Carvalho Jerónimo e o técnico assistente, João Teka, falecidos, na tarde de quarta-feira, na queda do helicópter­o privado, na comuna do Palanca, em Luanda, eram de nacionalid­ade angolana e com experiênci­a de aviação civil.

Um comunicado de imprensa da companhia nacional privada Angola Air Service, proprietár­ia do aparelho, indica que “a empresa está a colaborar com as autoridade­s competente­s para apurar as causas do acontecime­nto, ao mesmo tempo que presta todo apoio aos familiares das vítimas.” “Neste momento de dor e consternaç­ão, a Angola Air Service endereça às famílias enlutadas os mais profundos sentimento­s de pesar”, lê-se no comunicado.

De acordo com especialis­tas ligados à aviação, a tripulação, apesar de ter perecido no acidente, foi muito experiente para fazer com que a queda do helicópter­o não causasse mais estragos, pelo facto de ter ocorrido num bairro bastante povoado.

O helicópter­o, de marca airbus, é de fabrico francês e pertence à empresa de serviços aeronáutic­os Angola Air Service. Saía de Calulo.

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EDUARDO PEDRO Família da residência em que caiu o helicópter­o está hospedada num hotel da capital

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