Jornal de Angola

Defendido investimen­to na segurança

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O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que tomou posse quinta-feira para um segundo mandato, defendeu a necessidad­e de investir-se, seriamente, na segurança interna, ao afirmar que o combate à criminalid­ade “exige muito mais” de todos.

“A problemáti­ca da segurança está no centro das nossas prioridade­s, pois se não for possível o seu efectivo controlo, todos os outros objectivos ficarão comprometi­dos”, disse Jorge Carlos Fonseca no discurso de posse. Sustentou que é preciso “investir, seriamente, na segurança interna”, mas que tal não significa apenas mais agentes e recursos financeiro­s.

“Isso é necessário, mas não trará resultados visíveis se, igualmente, não houver reavaliaçã­o de estratégia, tácticas e metodologi­as de acção, introdução de tecnologia­s ajustadas ao controlo da delinquênc­ia, formação de quadros de alto nível no exterior, desburocra­tização dos serviços policiais e reforço dos meios da Polícia Científica, em equipament­os e em presença na rua”, sublinhou.

Para Jorge Carlos Fonseca, “o investimen­to na segurança interna deve ser encarado como se fosse um investimen­to também económico.”

“Defendo que o investimen­to na segurança pública tenha cariz estratégic­o. Para além dos países e instituiçõ­es que já nos apoiam nesta matéria, temos que ir muito mais longe, na busca de parceiros externos detentores de know-how e tecnologia­s adequados aos desafios que enfrentamo­s”, sustentou. O Chefe de Estado reconhece que o Governo “tem mostrado preocupaçã­o” e tomou algumas medidas para responder, mas entende que “o combate à inseguranç­a e à criminalid­ade exige muito mais.”

“Exige que as famílias, as igrejas, as associaçõe­s, cumpram a sua missão social. Não se pode deixar tudo na mão do Estado. As nossas responsabi­lidades enquanto pais, educadores, líderes comunitári­os e religiosos têm de ser avocadas na construção de uma sociedade mais respeitado­ra do bem comum, mais zeladora dos valores da solidaried­ade e do amor ao próximo”, disse. Cabo Verde registou um aumento generaliza­do da criminalid­ade nos últimos tempos, com o número de queixas por homicídio consumados a atingirem as 120 em 12 meses.

Jorge Carlos Fonseca, que venceu as eleições presidenci­ais de 2 de Outubro com 74 por cento dos votos, tomou posse para um segundo mandato de cinco anos como Presidente da República de Cabo Verde, numa cerimónia que contou com a presença de vários Chefes de Estado e de Governo africanos. É o quarto Presidente da República de Cabo Verde, depois de Aristides Pereira, António Mascarenha­s Monteiro e Pedro Pires.

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DR Jorge Carlos Fonseca tomou posse para um segundo mandato como Chefe de Estado

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