Jornal de Angola

Governador pede vigilância dos preços

- KÁTIA RAMOS |

O governador de Luanda solicitou ao Ministério do Comércio, ontem, em Luanda, mais vigilância sobre os preços, para que estejam ao alcance dos consumidor­es, e sobre a qualidade da oferta.

Higino Carneiro, que falava na abertura do IX Conselho Consultivo do Ministério do Comércio, apelou à aceleração da luta para a formalizaç­ão do comércio informal, um processo que representa um importante contributo para a diversific­ação da economia.

O IX Conselho Consultivo do Ministério do Comércio analisou um plano de desenvolvi­mento do sector para o período de 2018 a 2022, apresentad­o aos participan­tes pelo director do Gabinete de Estudos e Planeament­o da instituiçã­o governamen­tal, Porfírio Muacassang­e.

A reunião também discutiu a estrutura orgânica do ministério e reformas legais, a organizaçã­o e o funcioname­nto do comércio interno em Angola, o fomento das exportaçõe­s e o balanço das actividade­s dos órgãos de superinten­dência.

Documentos relativos a esses temas foram apresentad­os pelo director do Gabinete Jurídico, Jacinto Ucuahamba, os responsáve­is do Papagro, Armando Segunda e Heleno Antunes, o presidente do Conselho de Administra­ção da Agência de Promoção ao Investimen­to e Exportaçõe­s (AIPEX), António Henriques da Silva, e pela directora-geral do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec), Paulina Semedo. O ministro do Comércio, Fiel Constantin­o, discursou no encerramen­to do encontro, no qual o governador de Luanda também lançou um apelo para o aumento da produção interna com o envolvimen­to directo do sector empresaria­l angolano.

A estratégia, lembrou Higino Carneiro, é criar excedentes de produção para exportação, para reduzir as importaçõe­s.

O governador apontou a província Luanda como “o maior centro comercial e industrial do país”, onde prevalecem desafios para adequar a actividade comercial à actual legislação, de forma a atrair mais investimen­tos públicos ou privados. Entre as soluções apontadas, Higino Carneiro considerou importante a reorganiza­ção da actividade de comércio a grosso nos centros das cidades, a renovação das cédulas dos alvarás comerciais antigos, a criação de galerias comerciais de proximidad­e, assim como o levantamen­to das cantinas existentes e o aumento do escoamento da produção nacional.

Para Higino Carneiro, os estabeleci­mentos e centros comerciais representa­m hoje um lugar importante e incontorná­vel na vida dos cidadãos, pelo que é preciso uma maior regularida­de da oferta, a fim de se atenuar os efeitos monopolist­as do mercado e garantir-se a venda de bens de consumo essenciais de qualidade.

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PAULO MULAZA Governador da província de Luanda apela para a rápida formalizaç­ão do comércio informal

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