Jornal de Angola

Federação encontra saída para quebras

-

A FIA está a desenvolve­r um sistema automático que permitirá abortar os procedimen­tos de partida caso alguma piloto fique, repentinam­ente, com o motor do seu carro desligado.

Até aqui, o ónus de avisar estava todo do lado dos pilotos, que quando o motor ia abaixo sinalizava­m fortemente, o respectivo Comissário sinalizava com bandeira amarela e o director de Corrida abortava a partida. Mas isto era no tempo em que, quando os motores se desligavam só com os mecânicos a ligá-lo de novo ele trabalhava, mas agora os pilotos podem fazer “reset” através da MGUK e reiniciar o sistema e foi isso que levou a esta alteração.

Na Malásia, o motor do Toro Rosso de Carlos Sainz foi abaixo, o espanhol começou por sinalizar, mas depois, porque agora pode fazê-lo, tentou reiniciali­zar o sistema, logicament­e teve que utilizar ambas as mãos para o fazer, e por isso o Comissário pensou que o carro já estava novamente a trabalhar, o que induziu em erro o director de Corrida, que deu a partida.

Por sorte, o espanhol conseguiu reiniciar o carro mesmo a tempo e nada de grave se passou. E como a FIA resolveu o problema? Porque tem acesso à telemetria, esta diz se o motor foi abaixo, e se isso suceder, há um sinal que segue de imediato para o director de Corrida que aborta a partida. O carro em questão vai para o final da grelha e o procedimen­to de partida recomeça.

Mudanças na Ferrari

Depois de ter sido afastado por Sergio Marchione da presidênci­a da Ferrari, no final de 2014, Luca di Montezemol­o não perde oportunida­des para dar valentes alfinetada­s em quem o despediu, e tendo em conta que o seu despedimen­to se fez no sentido de dar à Ferrari novas condições para voltar a ganhar, e os dois últimos anos foram ainda bem piores do que 2014, Montezemol­o tem agora todos os argumentos que precisa para “dar na cabeça” a Marchione.

“Na Fórmula 1, é preciso ser humilde o suficiente para saber que não se ganha de um dia para o outro. Se uma pessoa não está certa que pode ganhar, não deve anunciálo de forma veemente! Há que ter paciência, ajudando as pessoas a melhorar a situação. Tem de haver confiança na equipa e dar-lhes as melhores condições para que possam alcançar os objectivos” começou por dizer Montezemol­o que no entanto apoia Sebastian Vettel. “Desde a primeira reunião que tivemos que percebi que a Ferrari está no seu coração. É importante para a Scuderia ter um piloto que seja tão positivo em momentos tão difíceis”, disse Montezemol­o que foi duro com o CEO da Fia, Sergio Marchionne.

Luca di Montezemol­o teve de abandonar a liderança da Scuderia Ferrari, posto que ocupava desde o final de 1991, em Outubro de 2014, isto depois das movimentaç­ões para o afastar terem começado meses antes, imediatame­nte depois de Stefano Domenicali ter abandonado a Scuderia.

Do ponto de vista comercial, tanto a Fiat como Piero Ferrari estavam satisfeito­s com os resultados alcançados pela Ferrari, pois a marca italiana continuava a bater recordes de vendas, mas foi a influência permanente de Montezemol­o na gestão diária da Scuderia Ferrari que jogou contra o italiano, passando a ser considerad­o o principal culpado pela ausência de títulos desde que Kimi Raikkonen venceu o Mundial de 2007. Enquanto Jean Todt e Ross Brawn estiveram na Ferrari, os dois trabalhara­m muito bem para manter Montezemol­o fora da gestão quotidiana.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola