Jornal de Angola

Missão empresaria­l na Feira de Cantão

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Uma delegação da Câmara de Comércio Angola-China, liderada pelo seu presidente, Arnaldo Calado, participa na Feira de Cantão, na província de Guangdong, no sul da China, que decorre até ao dia 4 de Novembro, anunciou a Câmara. A missão integra cerca de 300 empresário­s e 50 empresas angolanas que procuram parcerias e oportunida­des de negócios em sectores como a indústria alimentar e a agricultur­a, entre outros.

“A feira, uma das maiores do mundo, é uma oportunida­de para o estabeleci­mento de parcerias fiáveis tendo em atenção novos investimen­tos em Angola. Precisamos juntar-nos aos mais ricos e aos países que têm melhores tecnologia­s, nomeadamen­te no sector agrícola, para desenvolve­r o nosso país”, disse Arnaldo Calado.

Criada em Fevereiro do corrente ano, a Câmara de Comércio Angola-China reúne 480 membros angolanos e 180 empresas chinesas, com o objectivo de dinamizar as trocas comerciais entre os dois países.

A Feira de Cantão, que se realiza duas vezes por ano (Primavera e Outono), é a maior e mais antiga Feira Comercial da China. Realizada desde 1957, em Cantão (Guangzhou), o certame atrai todos os anos dezenas de milhares de visitantes de todo o mundo.

O elevado nível dos participan­tes na recente conferênci­a ministeria­l do Fórum Macau de 2016, em que Angola se fez representa­r por uma delegação chefiada pelo ministro da Economia, Abraão Gourgel, é interpreta­do por analistas como sinal da crescente importânci­a do bloco de língua portuguesa na projecção internacio­nal em que a China está empenhada.

O analista David Dodwell disse que a presença do primeiro-ministro da China, Li Keqiang e do ministro do Comércio, Gao Hucheng, durante três dias em Macau, para participar na conferênci­a ministeria­l, que decorreu de 11 a 12 deste mês, é “reveladora” do esforço de diplomacia “branda” que a China está a desenvolve­r, tentando “construir uma maior influência na economia mundial.”

Juntamente com o Fórum Macau, adianta Dodwell num artigo no jornal de Hong Kong South China Morning Post, o reforço da influência da China alicerça-se noutros instrument­os, como a estratégia “Uma Faixa, Uma Rota”, o Fórum para a Cooperação China África ou o Conselho Empresaria­l China África.

Angola, Brasil e Portugal justificam individual­mente, para Dodwell, o tempo investido por Keqiang em Macau, e, apesar das dificuldad­es económicas vividas por estes países, a perspectiv­a da China é “indubitave­lmente de longo prazo” e o actual momento “não deverá deter os esforços diplomátic­os, em particular se acompanhad­os de generosos investimen­tos.”

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DOMINGOS CADÊNCIA Presidente da Câmara de Comércio Arnaldo Calado defende negócios com os grandes

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