Jornal de Angola

Milhares de empregos no sector económico

- EDIVALDO CRISTÓVÃO |

Os sectores da actividade económica, incluindo o sector produtivo e social, geram, desde 2013 até ao primeiro semestre deste ano, mais de 800 mil novos empregos. De acordo com os dados do Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, o sector da Energia e Águas que tem em execução vários projectos estruturan­tes de impacto económico é o que mais gerou empregos, com 172.911, seguido pelo Comércio com 169.897, os Transporte­s com 136.107 e a Hotelaria e Turismo com 62.132 novos postos de trabalho. Os dados foram apresentad­os durante um encontro de técnicos do Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social com responsáve­is das Agências Privadas de Colocação e de Cedência Temporária de Trabalhado­res. O quadro evolutivo de novos postos de trabalho gerados nos últimos três anos demonstra um aumento significat­ivo no cômputo geral, segundo o director do Instituto Nacional e Formação Profission­al, Leonel Bernardo.

O Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social registou de 2013 até este ano 803.461 postos de trabalho, gerados pelos sectores da actividade económica, incluindo o sector produtivo e social em todo o país.

Os dados foram apresentad­os durante um encontro de técnicos do Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social com responsáve­is das Agências Privadas de Colocação e de Cedência Temporária de Trabalhado­res.

O quadro evolutivo dos postos de trabalho gerados durante este período demonstram que houve um aumento significat­ivo no computo geral, tendo em conta que, em 2013, o número de postos de trabalho criados foi de 158.891, enquanto em 2014 foram registados 306.677 novos empregos. Dados de emprego registados no primeiro semestre do ano em curso indicam que 77.688 cidadãos foram empregados no sector da economia geral. Entre 20132016, o sector da Energia e Águas é o que mais gerou empregos, com 172.911, seguido pelo Comércio (169.897), Transporte­s (136.107) e Hotelaria e Turismo (62.132). O director do Instituto Nacional e Formação Profission­al, Leonel Bernardo, disse que o encontro serviu para auscultar os constrangi­mentos e dificuldad­es no exercício das actividade­s das Agências Privadas de Colocação, incentivar os operadores privados no sentido de continuare­m a implementa­r os trabalhos na base do cumpriment­o da legislação e do programa do Executivo para a criação de mais empregos.

Recrutamen­to de estrangeir­os

Leonel Bernardo informou que o Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social apurou que entre as 252 Agências Privadas de Colocação, muitas delas precisam de um acompanham­ento para poderem cumprir com a lei, nomeadamen­te dando informaçõe­s periódicas sobre os postos de trabalho gerados, cumpriment­o da obrigatori­edade que defende que 70 por cento dos quadros na empresa têm de ser nacionais.

A legislação nacional exige ainda que o recrutamen­to de trabalhado­res estrangeir­os só é permitido em casos que não haja mão-de-obra nacional com a experiênci­a comprovada e qualificad­a para ocupar as vagas pretendida­s.

Ainda assim, Leonel Bernardo reconheceu que as agências têm sido parceiras do Executivo no cumpriment­o da política de gerar empregos. Referindo-se ao número de empregos registados no primeiro semestre deste ano (77.688), Leonel Bernardo considerou que este número poderia ter alteração positiva se tivesse disponível toda a informação de empregos gerados em todos os sectores. Reconheceu ainda que o sector real da economia continua a prestar uma grande contribuiç­ão na geração de emprego, demonstran­do assim que as políticas sobre a diversific­ação da economia com a produção nacional tem surtido efeito.

O encontro realizado com o obejctivo de assegurar a continuida­de do bom funcioname­nto das agências, divulgar, reflectir e criar um espaço de diálogo com os vários agentes e intervento­res nesta actividade e não só, tal como as entidades públicas que certificam e as empresas que exercem actividade de colocação e de cedência temporária de trabalhado­res, bem como as que supervisio­nam a sua actividade.

O encontro serviu para auscultar as dificuldad­es, constrangi­mentos e deficiênci­as no exercício da actividade das agências, sensibiliz­ar os gestores das agências sobre a necessidad­e do cumpriment­o das normas jurídicas que regulam esta matéria, reforçar as capacidade­s dos participan­tes sobre a importânci­a do funcioname­nto correcto das agências, assim como divulgar as disposiçõe­s normativas que regulam as actividade­s de colocação de cedência temporária de trabalhado­res.

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