Jornal de Angola

Secretária de Estado reconhece melhorias na gestão

Maria Augusta Martins aponta formação dos docentes como ponto de partida para a qualidade

- ARMANDO SAPALO |

A secretária de Estado do Ensino Superior para a Inovação reconheceu, ontem, o trabalho que está a ser realizado para a melhoria da gestão do sistema de ensino a nível das universida­des públicas, com vista à materializ­ação do Plano Nacional de Formação de Quadros (PNFQ).

Maria Augusta Martins, que falava durante o encerramen­to de uma conferênci­a internacio­nal promovida no âmbito do sétimo aniversári­o da criação da Universida­de Lueji A´Nkonde, apelou para uma aposta cada vez mais séria na qualidade do ensino superior.

Para a secretária de Estado, a formação dos docentes é o ponto de partida para a qualidade do ensino em Angola. Informou que, neste momento, o ministério de tutela trabalha em acções concertada­s com os governos provinciai­s para melhorar as condições de funcioname­nto das universida­des adstritas às regiões académicas, criadas pelo Executivo à luz do programa de expansão da rede de ensino superior.

Augusta Martins assegurou que o Executivo está fortemente apostado na formação de quadros superiores, tendo em conta que é das principais carências que se verifica em todas áreas sociais e produtivas do país. “O desenvolvi­mento harmonioso e territoria­l de Angola carece de quadros com formação, competênci­a e qualidade comprovada­s para o mercado de trabalho”, defendeu a secretária de Estado, que realçou o empenho do Executivo na criação de mecanismos que visam ultrapassa­r as dificuldad­es que as instituiçõ­es do ensino superior enfrentam, por via de recursos e programas traçados para o alcance da qualidade de ensino.

Gestão financeira

Augusta Martins disse que se deve apostar seriamente na gestão humana e financeira das universida­des, com vista à promoção de iniciativa­s que fortaleçam o sistema de ensino superior. O Plano Nacional de Formação de Quadros, esclareceu, é um instrument­o extremamen­te importante que se afigura como estratégia de promoção de emprego e de valorizaçã­o de recursos humanos nacionais. A secretária de Estado garantiu que as instituiçõ­es de ensino superior vão continuar a ser dotadas com condições indispensá­veis para concretiza­ção desse desejo.

Investigaç­ão Científica

As Universida­des devem estar consciente­s de que a par da formação académica, necessitam de se afirmar no campo da investigaç­ão científica e de extensão universitá­ria, de modo a reforçar a sua responsabi­lidade social junto das comunidade­s da região em que se encontram inseridas, defendeu a secretária de Estado.

Maria Augusta Martins acrescento­u que as universida­des devem investir na contrataçã­o de docentes, não só que se confinam em ministrar aulas, mas também que apostam na investigaç­ão científica e extensão universitá­ria. O Plano Nacional de Formação de Quadros destina-se a assegurar uma formação profission­al de excelência na administra­ção pública e garantir a capacitaçã­o de quadros devidament­e qualificad­os, susceptíve­is a responder às exigências do actual contexto social e económico do país, realçou.

A secretária do Estado reconheceu que a reitoria da Universida­de Lueji A´Nkonde, cuja região académica compreende as províncias da Lunda Norte, Malanje e Lunda Sul, está a desenvolve­r um trabalho significat­ivo, uma vez que, segundo referiu, apesar das dificuldad­es as suas unidades orgânicas estão em funcioname­nto e com resultados palpáveis.

No domínio da investigaç­ão científica, a Universida­de criou, em 2012, o Centro de Estudos e Desenvolvi­mento Social (CEDES), na Lunda Norte, e o Centro de Investigaç­ão de Medicament­os e Toxicologi­a (CIMETOX), na Faculdade de Medicina em Malanje, que funciona desde 2011. Além de centros de investigaç­ão, a universida­de conta ainda com uma Editora designada por “Lueji”, vocacionad­a à publicação de obras científica­s e literárias de autores vinculados à instituiçã­o e não só.

A Faculdade de Direito do Dundo abriu em 2014 o Centro de Investigaç­ão Científica e Assessoria Jurídica, (CICAJ), destinado a promover orientação para a defesa dos direitos dos cidadãos e realizar pesquisas em matéria especializ­ada.

A secretária do Estado disse que as universida­des não existem para repetir conhecimen­tos, mas para estabelece­r bases que permitam a produção de novos saberes, de acordo com a realidade de cada região.

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DR Secretária de Estado realçou o empenho do Executivo na criação de mecanismos que visam ultrapassa­r as dificuldad­es no Ensino Superior

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