Casamento na adolescência afecta o futuro
Diariamente, 47.700 adolescentes são forçadas a casamentos no Mundo, alerta o relatório anual do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP).
O relatório, apresentado na sexta-feira, em Luanda, aponta os riscos do casamento precoce, como a saúde da mãe e da criança e uma educação reduzida, minando as perspectivas das raparigas para o emprego e auto-suficiência.
Sempre que uma rapariga não pode realizar seu pleno potencial na vida, sofre uma injustiça imperdoável e uma violação dos seus direitos fundamentais, acrescenta o documento.
“Quando uma menina desfruta dos seus direitos, é capaz de permanecer na escola, ficar saudável e ser protegida contra o casamento infantil e gravidez precoce. O seu pleno potencial pode ser alcançado na altura em que ela atinge a idade adulta”, refere o FNUAP.
O Relatório sobre a Situação da População Mundial mostra que “o nosso futuro depende de como investirmos hoje na adolescência” e dá particular enfoque às meninas de dez anos ao mesmo tempo que chama a atenção dos governos para implentação de políticas sociais.
Com o tema “Como o nosso futuro depende das meninas nesta idade decisiva”, o documento refere que em algumas partes do Mundo, os 10 anos de idade podem representar um período de descobertas, expandir os horizontes e obter novas possibilidades.
Mas noutras partes do Mundo, acrescenta o relatório, pode representar a altura em que as barreiras começam a aparecer no caminho da transição para a vida adulta, limitando as opções, escolhas e oportunidades.
O documento lembra que embora os riscos existam para ambos os sexos, a discriminação de género faz com que esses riscos sejam piores para raparigas do que para os rapazes, em quase todos os sentidos.