Académicos falam sobre prevenção de doenças
O papel da Faculdade de Medicina da Universidade Mandume ya Ndemofayo na promoção da Saúde e na prevenção de doenças nas comunidades da cidade do Lubango foi destacado, na semana finda, pela vice-governadora provincial da Huíla para o Sector Político e Social.
Maria João Chipalevala disse, na abertura das VII Jornadas Científicas da instituição, que a Faculdade de Medicina alista todos seus estudantes no programa de Saúde comunitária, o que, referiu, contribui significativamente para a melhoria da prestação de cuidados de saúde.
A vice-governadora provincial reconheceu o trabalho desenvolvido pelas faculdades na promoção e na relação entre a saúde primária e os cuidados hospitalares que, segundo ela, tem capacitado os cidadãos, famílias e comunidade sobre medidas de prevenção de doenças, como a malária, febre-amarela, tuberculose e HIV-Sida.
“A actividade científica é de extrema relevância e de grande significado no domínio da produção de conhecimento, traduzido em teorias e método de abordagem aplicado na prática para o desenvolvimento económicos, sociais, político e cultura”, disse Maria João Chipalevala, que acrescentou: “A investigação cientifica é tão importante que pode sustentar a própria
As jornadas científicas contaram também com a participação de membros do Governo
actividade docente, sendo que o debate cientifico destas jornadas constitui uma plataforma que vai ajudar a academia e o público em geral a reflectir sobre o papel e os desafios da formação médica na melhoria dos serviços de saúde”.
Com base nisso, a responsável incentivou à direcção da Faculdade de Medicina a manter aposta na investigação científica como forma de contribuir para o melhor conhecimento dos problemas e do reforço das políticas sociais no domínio da saúde. “Precisamos ser mais criativos e inovadores para captação de fundos para a investigação cientifica. O resultado do trabalho é uma marca para qualidade do produto. A universidade deve capitalizar o potencial de referência para o engrandecimento do ensino superior em Angola”, disse. Maria João Chipalevala classificou a Faculdade de Medicina como sendo uma referência que faz a diferença no conjunto de instituições de ensino superior na província e no país, porque, salientou, aposta na formação de médicos para a VI Região Académica e contribui na melhoria da qualidade dos serviços nas unidade hospitalares.
A decana da Faculdade de Medicina, Ana Silva, disse que a troca de experiência e o fortalecimento de parceria com instituições similares de outras regiões académica é outra vertente das jornadas científicas.
Perfil de profissionais
O reitor da Universidade Mandume ya Ndemofayo, Orlando da Mata, entende que a prestação de serviços de saúde deve ser garantida por profissionais de elevada qualidade e perfil incontestável, comprometidos com a causa da comunidade.
Orlando da Mata disse que o modelo formativo privilegia a atenção médica voltada para cuidados primários de saúde, consubstanciados na solução dos problemas sanitários que assolam os países em vias de desenvolvimento.
“O cenário é ainda dominado por doenças infecto-contagiosas e degradantes e potencialmente preveníveis. A África sustenta 24 por cento da carga global de doenças, embora seja servida por apenas três por cento dos profissionais de saúde do mundo, com uma média de 18 ou a cem mil pessoas”, disse Orlando da Mata, para acrescentar: “O actual quadro deve ser mudado nos próximos anos para que a África responda com todo seu potencial aos desafios do desenvolvimento do continente, tendo acrescentado que o desafio é prática médica que possibilite uma medicina reflexiva, contextualizada e adequada aos objectivos do milénio e a realidade actual”.
Para isso, Orlando da Mata disse ser importante garantir a formação dos profissionais, quer em qualidade, quer seja em quantidade de modo a que se possa comprometer com a comunidade e seus valores, assegurando, deste modo, a sustentabilidade de um sistema nacional de saúde eficiente e eficaz.
O reitor da Universidade Mandume ya Ndemofayo considerou um momento único as jornadas, que serviram de um encontro de partilha de conhecimento sobre aspectos relevantes sobre os actuais desafios na abordagem dos problemas de saúde e na gestão da educação médica, investigação científica e extensão universitária.
As jornadas decorreram sob o lema “Formação médica ajustada a atenção integral na comunidade, como modelo de sustentabilidade dos sistemas nacionais de saúde”, e constituiram um momento de interacção entre os profissionais da saúde, docentes, discentes e profissionais do sector.