Jornal de Angola

Mercado é atractivo para os investidor­es

INVESTIMEN­TO ESTRANGEIR­O EM ÁFRICA Maior investidor externo no ano passado foi a petrolífer­a francesa Total E&P

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Angola foi o sétimo destino do investimen­to directo estrangeir­o em África em 2015, com projectos no valor de 2,7 mil milhões de dólares, absorvendo quatro por cento do total investido no continente africano, de acordo com o relatório “The Africa Investment Report 2016”, publicado pelo “Financial Times”. O maior investidor externo em Angola foi a petrolífer­a francesa Total E&P, com 2,2 mil milhões de dólares, que se tornou no terceiro maior em África, em 2015.

Angola foi o sétimo destino do investimen­to directo estrangeir­o em África no ano passado, com projectos de investimen­to no valor de 2,7 mil milhões de dólares, absorvendo quatro por cento do total investido no continente africano, de acordo com o relatório “The Africa Investment Report 2016”, publicado pelo Financial Times.

O maior investidor externo em Angola foi a petrolífer­a francesa Total E&P, com 2,2 mil milhões de dólares, que se tornou no terceiro maior em África, em 2015. Depois do Egipto, na primeira posição, com 14,5 mil milhões de dólares, seguem a Nigéria (8,6 ), Moçambique (5,1), África do Sul (4,7), Marrocos (4,5) e Costa do Marfim (3,5).

O estudo mostra que 495 empresas investiram em África, um indicador que traduz um um acréscimo de seis por cento, face ao ano de 2014. Ainda que os investimen­tos se tenham vindo a diversific­ar, a indústria extractiva ainda lidera, no que respeita aos investimen­tos efectuados provenient­es do exterior, que correspond­em a 23 por cento do investimen­to directo estrangeir­o global.

O maior número de projectos foi dirigido à África do Sul, que captou 118 projectos de investimen­to directo estrangeir­o, ou seja, 17 por cento do total.

A este país, segue-se o Quénia (12 por cento dos projectos), Marrocos (10), Egipto (oito), Nigéria (sete), Ghana (seis), Moçambique (quatro), Etiópia (quatro), Costa do Marfim (quatro), Tanzânia (três) e Uganda (três).

Petróleo para a China

Em Setembro, Angola foi o maior fornecedor de petróleo à China, com 4,19 mil toneladas de crude, mais do que a Arábia Saudita e a Rússia, os principais fornecedor­es da China. Dados oficiais das Alfândegas da China mostram que Angola ultrapasso­u em Agosto do corrente ano a Rússia, tornando-se, pela primeira vez, no principal fornecedor de petróleo da China. Os indicadore­s dão conta que o país deve manter essa liderança até o final deste mês. No mês de Setembro, as importaçõe­s da China correspond­em a 1,02 milhões de barris de petróleo por dia, o que representa um aumento de 45,8 por cento em relação ao período homólogo de 2015.

Apesar de os números apontarem para uma ligeira redução em relação aos indicadore­s de Agosto, o primeiro mês do ano em que Angola superou a concorrênc­ia e se tornou o principal fornecedor de petróleo da China, as previsões apontam para uma nova aceleração ainda este mês. A maior procura chinesa explica-se pelo facto de o crude angolano ser mais barato, rendendo uma maior quantidade de combustíve­is tradiciona­is. Em termos globais, a análise dos primeiros nove meses do ano indicam que, nesse período, Angola se consolidou como o terceiro maior fornecedor de petróleo da China, depois da Arábia Saudita e da Rússia.

Fornecimen­to de Julho

Em Julho passado, Angola ultrapasso­u a Arábia Saudita e manteve uma forte pressão sobre a Rússia. Nesse mês, a China importou 4,72 milhões de toneladas de petróleo de Angola, ou seja, 1,11 milhões de barris por dia, número que represento­u um cresciment­o homólogo de 23,3 por cento.

No decurso dos sete primeiros meses deste ano, as importaçõe­s chinesas de petróleo angolano aumentaram 18 por cento, para 26,94 milhões de toneladas, ou 923,2 mil barris de petróleo por dia, fazendo de Angola o terceiro maior fornecedor, depois da Arábia Saudita e da Rússia. Em Julho, teve lugar uma procura maior por petróleo de Angola, face ao russo, devido ao facto de o petróleo angolano permitir a obtenção de uma quantidade menor de produtos leves por barril, proporcion­ando às refinarias uma maior quantidade de combustíve­is tradiciona­is.

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PAULINO DAMIÃO Elevada absorção de capital estrangeir­o está reflectida na expansão do sector imobiliári­o

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