Contas de Rosberg para ficar campeão
Nico Rosberg é o único piloto que depende só de si para poder ser campeão do mundo no final da época. Mas o alemão pode ser já campeão no México se vencer e Lewis Hamilton não ficar pelo menos no nono lugar.
A possibilidade de um título para Rosberg no Autódromo Hermanos Rodríguez é uma hipótese, mas já é matematicamente possível. Por isso, vamos a contas.
Rosberg está na liderança do Mundial com 331 pontos, Se ganhar no México faz 356, com o máximo de 50 pontos para obter nas duas últimas corridas que restarão.
Ora, Hamilton tem agora 305 pontos e tem de fazer os dois pontos do nono lugar no México- se Rosberg vencer - para ficar com 307 e a diferença para o alemão ficar nos 49 pontos - com os tais 50 ainda por disputar nas duas últimas corridas.
Se Hamilton fizer apenas o único ponto do décimo lugar no México fica com 306 pontos e Rosberg com 356 (se ganhar) - o que dá uma diferença de 50 pontos.
Ora, com essa diferença, Rosberg já é campeão, pois, pode não pontuar quer no Brasil quer em Abu Dhabi, mesmo que Hamilton vença as duas corridas: ambos os pilotos ficavam empatados com 356 pontos e o desempate era pelas classificações ao longo da época por ordem decrescente (a começar pelo número de triunfos e assim sucessivamente pelas posições em corrida).
E, neste caso de desempate por triunfos, Rosberg já tem uma vantagem inalcançável caso tenha vencido no México: o alemão faz a sua décima vitória no circuito mexicano, enquanto Hamilton apenas conseguiu a sétima nos Estados Unidos - e o inglês só podia chegar a um máximo de nove triunfos, ganhando no Brasil e em Abu Dhabi.
Tim Duncan venceu cinco campeonatos, tantos quanto Kobe Bryant. Fez dupla com David Robinson e ainda conseguiu ultrapassar os registos do Almirante em San Antonio O antigo base dos californianos e o poste dos texanos são as principais ausências na NBA, que perde duas enormes estrelas e que dividem ao meio dez títulos de campeão.
Compaveis, claro, com a de Kevin Garnett, apesar de Bryant e Duncan terem ganho mais e terem estado a vida inteira ao serviço de uma só equipa. Entre os reformados, destaque ainda para Amare Stoudamire, Mo Williams e Elton Brand que terminaram as respectivas carreiras.
Houve várias mudanças fora de campo, na NBA. Saúda-se, por exemplo, o regresso de Tom Thibodeau. O antigo treinador dos Chicago Bulls moveu-se um pouco para norte e é agora o Head Coach dos Minnesota Timberwolves.
Os LA Lakers apostaram em Luke Walton, que depois de ser adjunto de Steve Kerr nos Golden State Warriors vai orientar uma equipa que representou durante nove anos, enquanto Mike D’Antony vai levar o seu famoso sistema de ataque para Houston. Em resumo, um terço das equipas mudaram de treinador e começam com uma nova cara no banco.
A coroa de LeBron
LeBron James e os Cleveland Cavaliers são os campeões em título e para que King James não perca a coroa, os Cavs preferiram não fazer grandes alterações na equipa. Claramente favoritos na Conferência Este, é do outro lado do país que reside a principal ameaça. Desde logo, os Golden State Warriors que chocaram o mercado ao assinarem com Kevin Durant, ex-Oklahoma City Thunders, e a juntar duas gigantescas estrela numa só equipa: ele e Stephen Curry.
Kevin Durant, um dos melhores marcadores da Liga, numa imagem que já não se repete e deixa uma grande incógnita sobre o que vai acontecer em Oklahoma.
A mudança de Durant foi a mais sonante e até chocante do verão, mas não foi a única a causar espanto. Chicago viu um jogador natural da cidade partir (Derrick Rose mudou-se para os NY Knicks), mas foi buscar outro local a Miami:
Dwyane Wade deixou os Heat para cumprir o sonho de jogar nos Bulls. A equipa de Illinois foi ainda buscar Rajon Rondo, o líder das assistências em 2015/16.
Com Rose para os NY Knicks foi Joakim Noah, outro ex-Bulls, naquelas que foram as mudanças com mais impacto mediático, às quais se junta ainda a inevitável referência a Pau Gasol: o espanhol vai ser o sucessor de Tim Duncan nos Spurs.
Quem são os novos?
O Draft 2016 trouxe Ben Simmons à NBA, como primeira escolha. Nascido em Melbourne, vai jogar nos 76ers, de Filadélfia, mas o azar bateu-lhe à porta. Ainda na préépoca lesionou-se gravemente. Assim, Buddy Hield, Kris Dunn, Joel Embiid, Jamal Murray e Brandon Ingram são nomes que estão bem posicionados para “rookie” do ano. Trinta equipas, 29 dos Estados Unidos e uma do Canadá, entram em competição pelo título. São divididas por seis divisões em número igual e em duas conferências. No Este, os Cleveland Cavaliers são claramente favoritos e o resto das equipas vai tentar encurtar distâncias para o campeão em título.
Já no Oeste, as coisas são diferentes. Apesar de o favoritismo cair em Golden State, há um maior equilíbrio na conferência, com os Spurs, mesmo sem Duncan, a serem ainda uma equipa a ter em conta.
A final mais expectável seria uma repetição da anterior, entre Cleveland e Golden State. Mas assim que a bola for ao ar no Cleveland Cavaliers-NY Knicks, o primeiro jogo, tudo pode mudar devido a imprevisibilidade do desporto.