Jornal de Angola

Combate às forças negativas

- KUMUÊNHO DA ROSA |

O apelo à persistênc­ia no diálogo e ao espírito de inclusão dirigido quer ao Governo do Presidente Joseph Kabila quer às forças da oposição na RDC, signatária­s ou não do acordo, é a nota de maior realce no comunicado final apresentad­o pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti.

O documento reafirma o Acordo-Quadro para a Paz, Segurança e Cooperação na RDC e Região como mecanismo vital para a estabilida­de no país e região, e destaca a decisão de se realizar uma reunião anual de alto nível do Mecanismo Regional de Supervisão num país da região, precedida de uma reunião preparatór­ia ao nível dos ministros dos Negócios Estrangeir­os, além das reuniões sectoriais adhoc que venham a ser solicitada­s.

Os membros do Mecanismo de Supervisão saudaram o lançamento pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, em Março passado, do quadro estratégic­o regional para os Grandes Lagos durante um debate aberto do Conselho de Segurança para a prevenção e resolução de conflitos na Região dos Grandes Lagos.

Os Chefes de Estado e de Governo encorajara­m os países da região a intensific­arem os seus esforços com vista a melhorarem ainda mais as relações através de canais bilaterais e de mecanismos regionais existentes sobre segurança, estabilida­de e desenvolvi­mento. Também apelaram aos outros países da CIRGL e da SADC para contribuír­em com tropas para a brigada de Força de Intervençã­o da MONUSCO, a fim de se melhorar as operações contra as forças negativas, em estreita consulta com o Governo da RDC.

Os participan­tes condenaram a violência na RDC e encorajara­m todas as partes a buscarem soluções pacíficas para a crise política. Registaram com satisfação as medidas com vista ao aumento da confiança no Governo e incentivar­am a tomada de decisões adicionais para o reforço de confiança, a fim de assegurar um processo mais inclusivo.

Os participan­tes saudaram os esforços da República Centro Africana para a promoção do diálogo e reconcilia­ção e apelaram a todos os grupos armados para o diálogo com as autoridade­s nacionais, com vista a assegurar a paz e estabilida­de.

Os Chefes de Estado pediram uma maior atenção à ameaça representa­da pelo Exército de Resistênci­a do Senhor em áreas na RCA e em toda a região e encorajara­m os países da região a continuare­m a cooperar no sentido de neutraliza­r o Exército de Resistênci­a do Senhor através do apoio continuado ao grupo de trabalho regional da UA para eliminação deste grupo.

Em relação ao Sudão do Sul, os participan­tes pediram a implementa­ção do compromiss­o assumido no acordo para a resolução de conflitos no país. Incentivar­am o Governo do Sudão do Sul a prosseguir os esforços para desarmar as forças negativas existentes no território.

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