Jornal de Angola

A história do sapato

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Entre os utensílios de pedra dos homens das cavernas existem vários que serviam para raspar as peles, o que indica que a arte de curtir é muito antiga. Nos hipogeus egípcios, que eram câmaras subterrâne­as usadas para enterros e que têm idade entre seis e sete mil anos, foram descoberta­s pinturas que representa­vam os diversos estados do preparo do couro e dos calçados.

No Antigo Egito, as sandálias eram feitas de palha, papiro ou de fibra de palmeira e era comum as pessoas andarem descalças, carregando as sandálias e usando-as apenas quando necessário.

Sabe-se que apenas os nobres da época possuíam sandálias. Mesmo um faraó como Tutancâmon usava sandálias e sapatos de couro simples, apesar dos enfeites de ouro. Na Mesopotâmi­a eram comuns os sapatos de couro cru, amarrados aos pés por tiras do mesmo material. Os coturnos eram símbolos de alta posição social.

Na Grécia Antiga, os gregos chegaram a lançar moda, como a de modelos diferentes para os pés direito e esquerdo.

Na Roma Antiga, o calçado indicava a classe social.

Os cônsules usavam sapato branco, os senadores sapatos marrons presos por quatro fitas pretas de couro atadas a dois nós, e o calçado tradiciona­l das legiões era a bota de cano curto que descobria os dedos.

Na Idade Média, tanto homens como mulheres usavam sapatos de couro abertos que tinham uma forma semelhante ao das sapatilhas. Os homens também usavam botas altas e baixas, atadas à frente e ao lado.

O material mais corrente era a pele de vaca, mas as botas de qualidade superior eram feitas de pele de cabra. A padronizaç­ão da numeração é de origem inglesa. O rei Eduardo I foi quem uniformizo­u as medidas. A primeira referência conhecida da manufatura do calçado na Inglaterra é de 1642.

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