Jornal de Angola

Colectivo Catarcis encena na Trienal

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A Companhia Catarcis Teatro apresenta hoje, às 20h00, a peça “Njinga Mbande”, no Palácio de Ferro, na Baixa luandense, no programa da III Trienal de Luanda, que decorre sob o lema “Da utopia à realidade da escravatur­a ao fim do apartheid”.

A obra, encenada por Mac Gonell, como o título bem o diz, conta a vida da Rainha de Angola, “Njinga Mbande”. Mais, precisamen­te a luta que teve de enfrentar com o seu irmão Ngola Mbande, após a morte do pai, o Rei Ngola Kiluanje. Essa luta ou disputa sangrenta foi derivada por causa do trono. Os dois irmãos ansiavam dirigir os destinos do reino.

Para encarnar a história, Conceição Manuel (Njinga Mbande) e Gusmão Soeiro (Ngola Mbande) dão “asa” aos personagen­s principais. Além desses actores, Melita António (Fuxi), Olívia Barroso (Kambe), Francisco João (Ngola Hady), Manuel Pereira e Cheilo António (figurantes) também fazem parte do elenco.

Refira-se que Njinga Mbandi Ngola Kiluanji nasceu em 1582, no Ndongo, filha do Ngola com uma escrava ambundo. Ainda criança, começou a ser treinada para o combate e o uso de armas. Com oito anos de idade, acompanhou o séquito do pai numa uma batalha, como parte dos exercícios de guerra. Com a morte do pai, em 1617, o seu irmão Mbandi tornou-se Ngola, ascendendo ao trono de Ndongo.

Por essa época, os portuguese­s já estavam estabeleci­dos na ilha de Luanda onde fundaram a vila de São Paulo de Luanda.

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