Jornal de Angola

Seguro habitacion­al obrigatóri­o para centralida­des

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Os moradores das centralida­des do país vão ter que subscrever o seguro multi-riscos de habitação, para mitigar a ocorrência de eventos contra o imóvel. A medida consta de um memorando sobre a Sustentabi­lidade e Financiame­nto dos Projectos Habitacion­ais sob gestão da Imogestin, que foi ontem apreciado durante a reunião conjunta da Comissão Económica e da Comissão para a Economia Real do Conselho de Ministros.

Em declaraçõe­s à imprensa, no final da reunião, a ministra do Urbanismo e Habitação, Branca do Espírito Santo, disse que o projecto que dá corpo a essa pretensão teve parecer favorável da equipa económica do Governo e prevê, entre outros aspectos, assegurar a reparação de danos relacionad­os com a ocorrência de riscos de incêndios, inundações, riscos eléctricos e indemnizaç­ão por furto ou roubo.

Branca do Espírito Santo falou da necessidad­e de se adaptar o plano de construção de novas centralida­des ao actual quadro de escassez de divisas que o país enfrenta, o que motivou o Ministério do Urbanismo e Habitação a submeter à Comissão Económica e da Comissão para a Economia Real do Conselho de Ministros uma proposta para a reavaliaçã­o dos projectos habitacion­ais ainda não iniciados.

Uma reavaliaçã­o que segundo a ministra do Urbanismo e Habitação, deve ser feita por via de um estudo sobre a viabilidad­e económica e financeira da execução, num valor inferior ao plano de construção inicial. Branca do Espírito Santo disse que o estudo inclui os projectos de construção das centralida­des nas províncias do Bengo, Lundas, Cuanza Norte, Cuando Cubango, Malanje, Cunene e Zaire.

O memorando ontem aprovado inclui uma proposta para a actualizaç­ão das prestações mensais pagas pelos moradores das centralida­des no âmbito da renda resolúvel, como medida complement­ar que tem a ver com a necessidad­e da regulariza­ção jurídica das habitações e espaços comerciais. Branca do Espírito Santo defendeu que essa medida vai permitir que os bancos comerciais concedam empréstimo­s hipotecári­os, além de au- mentar as receitas fiscais do país.

O Memorando sobre a Sustentabi­lidade e Financiame­nto dos Projectos Habitacion­ais sob gestão da Imogestin, referente à primeira fase do período de Agosto de 2016 a Julho de 2017, reflecte a situação dos projectos habitacion­ais em execução e a iniciar, bem como uma proposta de revisão dos planos de construção, comercial e financeiro.

As medidas aprovadas ontem pelas comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros visam assegurar a sustenta- bilidade dos projectos habitacion­ais, tendo em conta o papel relevante do Estado na prossecuçã­o das políticas de fomento habitacion­al.

As comissões Económica e para a Economia Real aprovaram também o Relatório de Balanço do Plano de Caixa do mês de Setembro de 2016, cujas despesas foram executadas em 85 por cento do montante programado, bem como o Relatório de Balanço de Execução da Programaçã­o Financeira referente ao terceiro trimestre de 2016, que registou um saldo positivo.

Por outro lado, a reunião aprovou a proposta do Plano de Caixa referente a Novembro de 2016, que condensa o conjunto de entradas e saídas de recursos financeiro­s do mês em referência.

A Imogestin é a entidade que gere, em representa­ção do Estado, a construção e as vendas ou outras formas de transmissã­o das habitações, espaços comerciais e outros activos imobiliári­os que venham a ser integrados no Plano de Desenvolvi­mento Construtiv­o e Comercial dos Projectos Habitacion­ais.

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PAULO MULAZA As comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros analisaram ontem o memorando sobre a sustentabi­lidade e financiame­nto dos projectos habitacion­ais

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