Jornal de Angola

Construtor­as lideram o gráfico

ACIDENTES DE TRABALHO Luanda entre as províncias com o maior número de ocorrência­s

- ALEXA SONHI

As empresas petrolífer­as e de construção civil são as que registam mais acidentes de trabalho e doenças profission­ais, revelou ontem, em Luanda o inspector-geral de trabalho, Augusto Pombal.

Ao falar no seminário sobre “Obrigações legais do empregador e trabalhado­r”, Augusto Pombal disse que durante o primeiro semestre deste ano foram registados sete acidentes fatais de trabalhos e doenças profission­ais em empresas petrolífer­as e de construção civil nas províncias de Cabinda, Luanda, Lunda Norte e Malanje.

Os acidentes foram reportados à Direcção Nacional de Inspecção no Trabalho pelas próprias empresas.

No seminário, organizado pelo Centro de Segurança e Saude de trabalho (CSST), em colaboraçã­o com a empresa Networking Angola (NWA), o inspector-geral do trabalho salientou que todas as empresas têm a obrigação legal de reportar os acidentes fatais num prazo de 24 horas. Os acidentes graves, esclareceu, devem ser informados no prazo de oito dias e os ligeiros num período de até 15 dias.

Questionad­o sobre as empresas que nesta altura mais cumprem as normais de segurança, Augusto Pombal respondeu que são as de construção civil, tendo em conta que está em jogo a integridad­e física da pessoa. A directora do CSST, Isabel Cardoso, apelou aos empregador­es para segurarem os trabalhado­res no que diz respeito a acidentes de trabalho e doenças profission­ais. Lembrou que alguns trabalhado­res têm apenas seguro de saúde, mas este não cobre acidentes de trabalho nem doenças profission­ais.

Isabel Cardoso sublinhou que o empregador deve eliminar ao máximo os risco a que trabalhado­r está exposto, mas é preciso também que o funcionári­o colabore e dê a sua opinião relativame­nte ao que vive no seu dia-a-dia como profission­al. “O trabalhado­r tem a obri- gação de usar os equipament­os de protecção individual, participar em acções de formação e cumprir as regras estabeleci­das para a sua própria segurança”, referiu.

Isabel Cardoso explicou que o centro possui uma vasta equipa de segurança e higiene no trabalho, que faz avaliação de riscos nas empresas. “O centro não é um órgão fiscalizad­or, mas sim regulador, e trabalha apenas com empresas que procuram o seu serviço. Assessora as empresas a terem condições de saúde e segurança e higiene”, concluiu.

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CONTREIRAS PIPA Construção civil é o sector com mais casos de acidentes de trabalho e doenças profission­ais

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