Jornal de Angola

Vendedores do Lubango com mais espaços

Administra­ção municipal promete combate cerrado à venda em locais impróprios

- ARÃO MARTINS |

A construção e modernizaç­ão dos mercados no município do Lubango, na província da Huíla, permitiu, até Setembro deste ano, criar 14.028 espaços de venda de produtos diversos em áreas com melhores condições de higiene e de segurança, disse, ontem, a administra­dora municipal adjunta da circunscri­ção.

Margarida Acácio falava no final de um encontro que juntou o vice-governador provincial da Huíla para o sector Económico, Sérgio da Cunha Velho, administra­dores comunais do Lubango e vendedores ambulantes.

A administra­dora municipal adjunta explicou que o Programa de Reabilitaç­ão do Mercado da Laje e Municipal do Lubango e ainda a do Mutundo e Rio Nangombe melhorou considerav­elmente as condições dos vendedores e dos clientes, mas disse que não entende o porque que muitos continuam a vender nas ruas quando até existem 8.883 bancadas disponívei­s.

Os trabalhos de reabilitaç­ão e construção dos mercados do Lubango foram financiado­s por fundos do Programa Municipal Integrado de Desenvolvi­mento Rural de Combate à Fome e à Pobreza.

Além destes mercados, acrescento­u, foi construído o mercado do Quilómetro 40, na comuna do Hoque, com uma área de 10.123 metros quadrados, com capacidade para dois mil vendedores.

O novo mercado da comuna da Huíla, construído no mesmo âmbito, dispõe de 600 bancadas, enquanto a praça do rio Nangombe, construída numa área de 61 hectares, tem capacidade para mais de três mil vendedores. A administra­dora municipal adjunta do Lubango, Margarida Acácio, disse que para a segurança dos vendedores e clientes, foram criados postos de Polícia, câmaras de frio, balneários, armazéns, áreas para os bancos, zona de circulação, matadouros e parque de estacionam­ento.

Apesar das condições que os mercados apresentam, Margarida Acácio manifestou preocupaçã­o com o elevado número de vendedores ambulantes que insistem em ir ao encontro dos clientes em áreas de maior aglomeraçã­o de pessoas.

Nesta perspectiv­a, Margarida Acácio disse que o encontro serviu para encontrar soluções que visam controlar a venda ambulante e organizar os mercados existentes.

A administra­dora municipal adjunta lembrou que é recorrente observar vendedores ambulantes nas artérias da cidade a comerciali­zarem peixe, galinha, tomate, cebola, couve, repolho, roupa e sapatos, causando prejuízos aos cofres do Estado. “Na venda organizada, os comerciant­es pagam taxas que variam em função do negócio, mas quem deambula pela cidade foge a pagar ao Estado, logo pode calcular-se o prejuízo que criam. Por isso pretendemo­s acabar com esta prática”, elucidou Margarida Acácio, que explicou que o comércio organizado gera ganhos aos cofres do Estado, referindo que é com este valor que o Governo melhora as condições de vida das populações, construind­o mais mercados, escolas, hospitais e espaços de lazer.

Durante o encontro foram encontrado­s mecanismos que visam minimizar a venda informal e Margarida Acácio solicitou a participaç­ão da Polícia, fiscais da Administra­ção Municipal do Lubango e sociedade civil no combate ao comércio ilegal.

A administra­dora adjunta do município do Lubango prometeu continuar a dialogar com as vendedoras ambulantes da região.

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ARÃO MARTINS | LUBANGO População aconselhad­a a evitar vender nas ruas para não correr o risco de perder os seus bens

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