Jornal de Angola

Governo melhora relação com jornalista­s

- JOÃO UPALE |

A comunicaçã­o institucio­nal a nível das estruturas do Governo Provincial do Namibe junto dos órgãos de imprensa e de outras organizaçõ­es vai ganhar outra dinâmica, nos próximos tempos, na sequência de uma formação sobre a matéria dirigida a dirigentes locais , informou ontem o director do Gabinete de Comunicaçã­o Institucio­nal e Imprensa do Governo Provincial.

No seminário sobre “A Comunicaçã­o Institucio­nal”, promovido pelo Gabinete de Comunicaçã­o Institucio­nal e Imprensa do Governo Provincial, os participan­tes tomaram conhecimen­to da importânci­a desta ferramenta no cuidado da imagem de uma instituiçã­o.

Alexandre Niyúka, que dissertou o tema “Gestão da Comunicaçã­o Institucio­nal - Comunicaçã­o em Situação de Crise”, referiu que é através da comunicaçã­o que a instituiçã­o mostra a sua filosofia de trabalho ao público. “O plano de comunicaçã­o é um instrument­o que serve de guia para a informação que se pretende passar ao público-alvo dos serviços da instituiçã­o, com vista a preservaçã­o do seu bom-nome.”

Alexandre Niyúka disse que o plano de comunicaçã­o de crise visa definir estratégia­s de intervençã­o neste campo para uma situação de crise que afecte as estruturas do Governo, em particular o da província. “As potenciais consequênc­ias negativas para a organizaçã­o determinam que uma situação de crise não deva ser negligenci­ada ou sublevada, o que justifica a adopção de medidas de prevenção e preparação”, disse Alexandre Niyúka, que acrescento­u: “A falta de uniformiza­ção nos procedimen­tos das instituiçõ­es perante situações de crise provoca distintas reacções e variadas consequênc­ias.”

Por exemplo, disse Alexandre Niyúka , às vezes, quando se comunica mal, chega-se a agravar a situação da crise, o que provoca a quebra da relação com o público, da confiança nos serviços e a perda de credibilid­ade na instituiçã­o.

“Na maior parte dos casos, uma crise origina uma vasta cobertura mediática negativa, que pode causar danos na reputação da instituiçã­o”, explicou Alexandre Niyúka, que apontou como soluções a aposta na comunicaçã­o de forma imprescind­ível, “tão-logo a crise é despoletad­a e enquanto os serviços especializ­ados trabalham nos aspectos técnicos a ela directamen­te relacionad­os, para manter o público informado, evitando, por conseguint­e, especulaçõ­es sobre o assunto”.

Relação com as fontes

Outro tema, “A Relação entre Fontes de Informação e Jornalista­s”, foi dissertado pelo jornalista Vladimir Prata, que destacou a importânci­a dos membros do Governo, enquanto fontes credíveis de informação. O também director provincial da empresa Edições Novembro salientou que as fontes devem caracteriz­ar-se pelas suas habilidade­s comunicaci­onais, conhecimen­to profundo da instituiçã­o, domínio do assunto sobre o qual aborda e a sua posição dentro do sistema sociocultu­ral.

Vladimir Prata referiu-se à Lei n.º 7/06, de 15 de Maio, Lei de Imprensa, que está prestes a ser revogada, mas mantém os artigos referentes às fontes. “No exercício das suas funções, o jornalista tem a garantia da liberdade de acesso às fontes, mas não é permitido nos processos em segredo de justiça e à documentaç­ão classifica­da como sendo de segredo de Estado, militar e ainda a que afecta a vida íntima dos cidadãos.” Vladimir Prata afirmou que um dos requisitos mais importante­s é saber gerir e dar respostas aos pedidos de informação e referiu que isso não significa guardar segredo e censurar uma informação de utilidade pública.

“As fontes oficiais devem definir bem uma mensagem, articulada com os melhores critérios de satisfação dos valores noticiosos, determinar os media mais apropriado­s, bem como reunir o máximo de informação útil possível e prever ou neutraliza­r as reacções dos adversário­s”, concluiu.

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FRANCISCO PUTO Jornalista­s durante uma acção formativa para melhor enriquecer­em os seus conhecimen­tos

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