Tratamento revolucionário aumenta qualidade de vida
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na quinta-feira um balanço de um novo tratamento para pacientes com hepatite C, que tem um índice de cura de 95 por cento.
Desde que foi introduzida, há dois anos, a combinação dos medicamentos sofosbuvir e daclatasvir beneficiou um milhão de pacientes em países de baixo e médio rendimentos.
A combinação dos medicamentos tem índice de cura de 95 por cento em até três meses e causa menos efeitos colaterais. Apesar de ser muito caro, várias estratégias da OMS e parceiros permitiram que o tratamento fosse acessível a pacientes da Argentina, Brasil, Egipto, Indonésia, Marrocos, Nigéria, Ruanda e outros países.
Acordos de licenciamento, produção local e negociação de preços foram algumas das acções. O relatório da OMS mostra como a vontade política e negociações do tipo ajudam a combater a hepatite C, doença que mata 700 mil pessoas por ano.No Egipto, por exemplo, o custo do tratamento para três meses caiu de 900 dólares, em 2014, para menos de 200, em 2016. Mas noutros países, o valor é muito maior. Por exemplo, o sofosbuvir e o daclatasvir suficientes para três meses custam quase oito mil dólares na Roménia.
A agência especializada da ONU acredita que a divulgação de um relatório sobre acesso, preços e patentes de medicamentos para hepatite C vai ajudar a criar mais transparência de mercado e, consequentemente, mais acesso ao tratamento considerado pela OMS como revolucionário.