Primeiro-ministro Matteo Renzi defende alterações à Constituição
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, pediu a milhares de militantes do seu partido reunidos no centro de Roma, no sábado, para intensificarem a campanha a favor do referendo sobre a reforma constitucional que pode decidir o seu futuro político e do país.
A cinco semanas do referendo de 4 de Dezembro sobre o seu plano de reduzir o papel do Senado e cortar o poder de governos regionais, Matteo Renzi está a fazer a campanha, furiosamente, para tentar reverter pesquisas de opinião que sugerem que ele pode perder a votação.
“Esta é uma escolha entre o futuro e o passado”, disse o primeiroministro italiano, de 41 anos, a membros do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, num comício concorrido em Piazza del Popolo. “É uma chance para a Itália olhar o futuro com um pouco mais de esperança, argumentou.”
Renzi aparece, diariamente, na televisão e em entrevistas de rádio para tentar reunir apoio para o referendo. Mas com o posicionamento contrário de todos os partidos na oposição, assim como uma minoria do seu próprio PD, ele tem uma tarefa difícil pela frente. Neste mês, 25 de 26 pesquisas de opinião publicadas colocam a campanha pelo não na liderança, dando uma fraca margem de manobra a Matteo Renzi de evitar o triunfo do sim.
O primeiro-ministro italiano chegou a dizer que “não podemos manter a situação que permite a Bruxelas decidir as nossas vontades e as nossas políticas sobre imigração e sobre o controlo do défice, como tem feito até agora, um ataque ao investimento.” Matteo Renzi sublinhou que “Bruxelas separa os Estados-membros e o sim no referendo permite uma mudança de atitude significativa e definitiva para controlarmos as nossas políticas na Itália.”
Canadá
A União Europeia (UE) e o Canadá assinaram, no domingo, um ambicioso acordo de livre-comércio, conhecido como CETA, durante uma reunião em Bruxelas que contou com a participação de representantes do bloco e do primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau. Esse pacto prevê aumentar as trocas bilaterais em 12 mil milhões de euros ao ano. Junto ao líder canadiano, compareceram à cerimónia de assinatura o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, que reuniram na sede do Conselho. No término do encontro, os representantes procederam à assinatura do acordo de livre-comércio entre a UE e o Canadá, após os 28 Estados-membros terem validado o anexo que permitiu, na quinta-feira, que a Bélgica desbloqueasse o pacto que a região de Valónia tinha vetado de última hora.
Pela parte do Canadá, estiveram presentes, além de Trudeau, os ministros das Relações Exteriores, Stéphane Dion, e o do Comércio Internacional, Chrystia Freeland, assim como o primeiro-ministro de Québec, Philippe Couillard.
A oposição de Valónia, cujo Parlamento vetou o acordo dez dias antes da assinatura, impedia a aprovação belga e, portanto, a unanimidade dos 28 países europeus.
A Bélgica chegou a um acordo a nível regional e nacional e apresentou um anexo aos embaixadores dos demais Estados-membros perante a UE que foi validado por todos os integrantes e pelos parlamentos regionais belgas, o que possibilitou a aprovação do acordo.
Além do CETA, foram tratados assuntos como o crescimento e a criação de postos de trabalho e temas relacionados com a defesa e segurança, como a situação na Ucrânia, as relações com a Rússia, o conflitos da Síria e do Iraque e a mudança climática.