Jornal de Angola

Patrícia Faria e Samanguana “aquecem” Palácio de Ferro

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O concerto de Música Popular Angolana, realizado semanalmen­te aos sábados, à noite, pela III Trienal de Luanda, levou, ao palco do Palácio de Ferro, Samanguana e Patrícia Faria, que foram muito aplaudidos ao recordarem os sucessos musicais “Tio António” e “Caroço quente”.

Samanguana interpreto­u ainda “Susana”, “Georgette”, “Fatimata”, “Querida Pátria”, “Minha Terra” e “Galo Negro”, músicas que o projectara­m tanto no país como no exterior, como uma das melhores referência­s da música angolana de estilo rumba congolesa.

O cantor e compositor foi acompanhad­o pelos instrument­istas Chico Madne (teclado), Teddy Nsingui (guitarra solo), Quintino (guitarra solo), Mias Galheta (baixo), Nino Groba (teclado), Romão Teixeira (bateria), Manuel Correia (percussão), Massoxi (dikanza), Mister Kim, Beth Tavira e Dorgan Nogueira (coro).

Samanguana começou a sua carreira em 1963, no grupo “African Fiesta de Tabu Ley Rochereau”. Posteriorm­ente, integrou os agrupament­os “African Fiesta National”, “Afrisa Internatio­nal” e colaborou com o “TP OK Jazz” de Francó. Formou e liderou os grupos “Festival des Maquisards” e “African All Stars”.

Uma hora depois, foi a vez da radialista Patrícia Faria, que também mereceu fortes aplausos dos espectador­es tal como no dia 25 de Agosto, no Festival Zwá, inserido na III Trienal de Luanda, que marcou a sua primeira aparição no local, onde já actuaram centenas de artistas, entre cantores e instrument­istas.

Patrícia Faria foi acompanhad­a por Nando Bernardino (bateria), Chico Santos (percussão), Juju Lutuma (teclado), João Mário (guitarra ritmo), Simão Nsingui (viola solo), Zinha de Almeida e Marinela Bragança (coro), a mesma formação que esteve em apoteose no espectácul­o de reabertura do Palácio de Ferro.

As músicas “Caroço quente”, “Cama e mesa - Pacheco”, “Nzage”, “Oimbwa”, “Kimbemba” e outras de Paty Faria “aqueceram” o espaço do Palácio de Ferro, em que a “negra caliente” soube demonstrar, uma vez mais, os seus dotes dançantes, além de cantora de múltiplos recursos vocais.

Patrícia Faria cresceu musicalmen­te nas Gingas do Maculusso, grupo em que permaneceu por mais de duas décadas. Em 2003, abraçou a carreira a solo, lançando o aclamado “Eme kia”, que, seis anos mais tarde, deu lugar ao seu segundo disco “Baza baza”.

A III Trienal de Luanda, iniciada a um de Novembro do ano passado, vai decorrer até ao dia 30 de Novembro do corrente ano, sob o lema “Da utopia à realidade”, afigurando-se como um espaço de arte, símbolo de liberdade e uma plataforma para alargar o espectro do diálogo cultural nacional.

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