Cultura defende museus interactivos
Um museu mais interactivo, com programas que incentivem as pessoas a visitar estas instituições e mais entradas livres para os jovens e pessoas da terceira idade é o pedido da ministra da Cultura à direcção do Museu de História Natural.
Carolina Cerqueira, que fez ontem a reabertura oficial do Museu de História Natural, disse ainda ser fundamental existir um intercâmbio mais activo entre a antiga e a nova geração, em particular quanto à troca de conhecimentos.
Para tal, reforçou, os museus têm um papel de destaque, porque, com a criação de um rico programa, as pessoas vão aderir mais ao museu e, assim, conhecer mais sobre a cultura e a tradição nacional. “É uma forma de redescobrir Angola.”
A ministra disse que, doravante, todos os museus reabertos vão ter condições para servirem o público, com programas aliciantes, em particular para os estudantes e investigadores. Outra meta do Ministério, continuou, é criar condições para os museus terem um aumento quantitativo de visitantes. Para Carolina Cerqueira, o museu também precisa de dar o seu contributo com ideias e sugestões à dinamização da cultura.
Aos gestores dos museus, Carolina Cerqueira pediu maior criatividade, para rentabilizarem os espaços, assim como pensarem noutras formas de rentabilização para a diversificação dos seus rendimentos.
As obras de restauro do Museu de História Natural foram no sentido de melhorar as condições de conservação e os espaços para exposições. Não foram acrescidos espaços novos. O vice-governador de Luanda reconheceu o papel que o Museu de História Natural desempenha na investigação, classificação, conservação e inventariação da fauna e da flora nacional.
Rui Celso Silva acrescentou que a reabertura da instituição vai dar a Luanda e ao parque museológico um maior valor cultural, devolvendo aos seus habitantes uma tradicional fonte de conhecimento, que, durante décadas, ajudou na formação e capacitação de várias gerações.
“Este museu é um forte veículo para a divulgação do acervo da biodiversidade angolana, em particular o património histórico-cultural. Portanto, queremos que continue a trilhar o caminho da expansão e disseminação, assim como ser uma ferramenta indispensável à disposição dos estudantes, pesquisadores, historiadores e toda a comunidade científica”, destacou.