Executivo reforça rede de transportes públicos
Circulação de pessoas e mercadorias vai conhecer melhorias com a aqusição de meios
O ministro dos Transportes, Augusto Tomás, anunciou na sexta-feira, na cidade do Soyo, o ressurgimento, no primeiro semestre do próximo ano, dos transportes colectivos em todo o país, no quadro de um programa do Executivo que prevê a aquisição de cerca de mil autocarros na República da China.
Segundo Augusto Tomás, a circulação de pessoas e bens nos centros urbanos vai ser reforçada em 2017 com a chegada de cerca de mil autocarros que vão ser distribuídos pelas 18 províncias do país, no sentido de facilitar a mobilidade dos cidadãos. “O Governo angolano tem em curso um programa de aquisição, a partir da China, de cerca de mil autocarros para o reforço da capacidade de transportes urbanos nas 18 províncias do país”, assegurou.
O ministro informou que os primeiros autocarros começam a chegar no final do ano em curso, um processo que vai arrastar-se até ao primeiro semestre de 2017. “Queremos, com este programa, reforçar a unidade nacional e evitar as assimetrias entre vários pontos que conformam o país”, esclareceu. Augusto Tomás reiterou o empenho do Governo em fazer chegar os meios no sentido de melhorar a mobilidade de pessoas e carga nas estradas nacionais.
No caso particular, o Zaire não dispõe de uma rede local de transporte urbano que facilite a circulação de pessoas entre as cidades e vilas comunais, muito menos a rede interprovincial. Nas cidades e vilas, a circulação é assegurada por pequenas viaturas, com destaque para os vulgos Hiaces e Hyundai i10, chamados de “tchuna beibes”.
Plataforma logística
O ministro dos Transportes mostrou-se satisfeito com o ritmo acelerado
Ministro dos Transportes anunciou no Zaire um programa de aquisição de mil autocarros que vão ser distribuídos pelas províncias
das obras de construção da Plataforma Logística local, com capacidade para acomodar no seu porto seco mais de 3.600 contentores.
A primeira fase de construção da referida plataforma logística, cujas obras estão a cargo das empreiteiras China Tec, CAMOC Angola Lda. e Lógística Angola, Lda., está em cerca de 70 por cento da sua execução. Já se pode visualizar a conclusão do edifício da administração principal, dois armazéns, o porto seco, as vias de acesso, o sistema de drenagem de águas e outros itens ligados ao projecto.
“Estamos satisfeitos pelo trabalho já realizado que se enquadra nas perspectivas do desenvolvimento da rede nacional de balcões de logística em todo o país. Neste caso concreto, o Soyo é um bom exemplo de que, havendo um bom planeamento r uma boa execução, as coisas acontecem”, disse o ministro Augusto Tomás durante uma visita às obras, localizadas na zona do Quinfuquena.
Segundo o ministro dos Transportes a integração, em rede dos projectos dos transportes, encontra no Soyo um bom exemplo, onde pode ser encontrado o sector aéreo, a rede fundamental de estradas em reparação, a construção do terminal marítimo, fluvial e terrestre e a Plataforma Logística.
Tudo isso, referiu o ministro, cria condições para relançar a produção de bens e serviços na região, o que vai criar mais postos de trabalho e criar mais riqueza para contribuir para o crescimento económico.
De acordo com o ministro Augusto Tomás, na localidade do Soyo pode-se testemunhar o investimento integrado no sector dos transportes e infra-estruturas fundamentais para alavancar o crescimento económico, condição indispensável para o desenvolvimento. O mais importante, disse, é que sejam definidas prioridades claras e que aquilo que for programado não fique no papel. Augusto Tomás disse que não se pode fazer tudo de uma só vez.
“Não é possível fazer-se tudo num só dia. Por isso, os programas têm um horizonte de execução de curto, médio e longo prazo. Vamos fazendo aquilo que é possível de cada vez, de acordo com as nossas possibilidades”, disse o ministro dos Transportes.
Projectos em curso
O projecto da Plataforma Logística do Soyo está a ser erguido numa área total de 25 hectares, onde vão ser implementados edifícios da administração com três pisos, da Administração Geral Tributária, respectivo parque de apoio e os bombeiros. Constam ainda do projecto um parque de contentores, oficinas de reparação de viaturas e contentores, reservatórios de água, armazéns para arrendamento, silo para cereais e acessos condicionados à plataforma, postos de abastecimentos de combustíveis, hotéis, restaurantes, cafetarias, lojas, agências bancárias e outros serviços.
Terminais marítimos
A construção de terminais marítimos e fluviais nas províncias de Luanda, Zaire, Cabinda, Cuanza Sul, Benguela e Namibe constitui um projecto de grande alcance social e económico e cimenta a unidade entre os angolanos, afirmou, na sexta-feira, na vila petrolífera do Soyo, o ministro dos Transportes, Augusto Tomás.
Ao discursar na cerimónia de consignação de obras, para as quais concorrem o Ministério de tutela e a empreiteira chinesa “Harbur Engeenering”, o ministro Augusto Tomás disse que o acto marca uma viragem na vida económica, social e produtiva das províncias abrangidas no projecto de subordinação central. “Estamos aqui para dar respostas às preocupações das populações em relação à mobilidade na circulação de pessoas e mercadorias”, referiu o ministro, para acrescentar que o sector está a investir em projectos estruturantes, para garantir a ligação marítima e fluvial entre as províncias da região norte do país.
Para o ministro, o projecto contribui para alavancar a actividade produtiva na região, criando mais empregos contribuindo, deste modo, para o crescimento económico e social do país. Augusto Tomás lembrou que o objectivo do Executivo angolano é proporcionar mais postos de trabalho à população, com realce para a juventude.