Processo de investimento está mais célere
Empresários chineses e angolanos realizam conferência para concretização de projectos
O processo para a concretização de um investimento privado em Angola está reduzido para um máximo de 45 dias, ao contrário do que acontecia nos anos anteriores, quando o investidor ficava meses a fio para ver o seu projecto aprovado.
A afirmação foi feita em Luanda pelo director da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP) da Casa Civil do Presidente da República, Norberto Garcia, que atribuiu o facto ao esforço do Executivo em evitar o excesso de burocratização na constituição de projectos de investimentos no país e dar mais oportunidades aos homens de negócios nacionais e estrangeiros.
O responsável, que falava durante uma conferência de imprensa para anunciar a realização do Fórum de Investimento Angola-China, a decorrer hoje e amanhã, no Centro de Convenções de Talatona (CCTA), em Luanda, afirmou que a UTIP está a apoiar os investidores que tencionam contribuir para a diversificação da economia e para o aumento da riqueza das populações.
Norberto Garcia disse que a instituição que dirige tem o compromisso de dar eficiência no atendimento e na prestação de serviços aos empresários interessados em cooperar com Angola no desenvolvimento sustentável dos sectores produtivos. A UTIP arrebatou, recentemente, em Paris, capital da França, o prémio internacional World Quality Commitment 2016, que distingue as melhores empresas e organizações locais, regionais e internacionais no atendimento e prestação de serviço, numa promoção da Business Initiative Directions (BID).
Norberto Garcia disse que a celeridade e simplificação no tratamento dos processos, bem como a dedicação, transparência e o compromisso com os investidores e o interesse nacional são os principais valores que norteiam a equipa de trabalho da UTIP. O acto, que consagrou a UTIP como a melhor instituição com qualidade de prestação de serviço no sector do investimento privado, contou igualmente com a presença do consultor da instituição, Eusébio Sapalo, representante do embaixador de Angola em Paris e o jovem empreendedor Ernesto Garcia, comprometido com a promoção da qualidade.
“A celeridade e simplificação no tratamento dos processos, transparência, humanismo e o comprometimento com o interesse nacional constituem os principais valores que norteiam a equipa de trabalho da UTIP, fazendo com que o serviço prestado tenha uma qualidade reconhecida e comprovada”, afirmou o director.
O Fórum de Investimento Angola-China conta com a participação de cerca 300 empresários chineses, que durante dois dias vão interagir com os investidores nacionais em torno da concretização dos projectos direccionados aos sectores da agricultura, pescas, indústria, energia e águas, construção civil, transportes, comércio, educação e saúde, entre outros.
Com o objectivo de criar um ambiente propício à cooperação económica e combinar factores de estratégias empresariais, visando captar investimentos para os projectos que precisam de financiamento, o evento resulta da diplomacia económica desenvolvida pelo Executivo angolano em diversos países.
Ao realizar este encontro de empresários, Angola torna-se no primeiro país da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), após a realização do Fórum de Cooperação entre a China e os países lusófonos, decorrido recentemente em Macau, a concretizar o espírito das parcerias privadas que o Governo chinês está a propor ao continente africano, fazendo com que os angolanos e chineses intensifiquem a cooperação em matérias de investimento privado e consolidem a concretização dos projectos existentes.
A Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP) da Casa Civil do Presidente da República de Angola existe há 12 meses, período que possibilitou a concretização de 43 projectos a nível nacional e permitiu captar um investimento avaliado em nove mil milhões de dólares norte-americanos.
A UTIP presta um serviço técnico especializado de apoio permanente ao titular do poder executivo, encarregue da preparação, condução, avaliação e negociação de projectos de investimento privado, cuja aprovação nos termos da Lei do Investimento Privado e respectivo regulamento seja da competência do Presidente da República.