Jovens esclarecidos sobre riscos
Pedido diálogo entre pais e filhos para fortalecer prevenção
As consequências, causas e factores da gravidez precoce na adolescência e A importância da Constituição da República foram os temas que dominaram, na sexta-feira, na cidade do Uíge, a palestra que envolveu alunos do I e II ciclos do ensino secundário e da Escola de Formação de Professores do Uíge (EFPU).
Promovido pela Associação de Estudantes da Universidade Kimpa Vita, a palestra serviu para proporcionar experiências com base na prevenção da gravidez precoce no seio dos adolescentes, mostrar aos jovens as melhores vias para o sucesso escolar, assim como permitir alguma interacção entre estudantes universitários e do ensino médio.
Ao dissertar sobre o tema “A gravidez na adolescência”, o enfermeiro Babasha Nduki Muamba considerou um problema grave, por interromper o processo de desenvolvimento natural e intelectual da jovem mulher, que vê-se obrigada a assumir o papel de mãe, antes do tempo.
Para Babasha Muamba, a gravidez precoce é sempre considerado de risco, porque o corpo da criança/adolescente ainda não está completamente formado para a maternidade, daí que o seu sistema emocional fica totalmente abalado.
O técnico de saúde apontou a maturidade biológica antecipada das meninas, não acompanhada da maturidade psico-intelectual, como sendo um dos factores que as leva a realizarem actividades sexuais precoces e irresponsáveis. Babasha Muamba explicou aos alunos que o aborto espontâneo, anemia, abandono familiar, casamento forçado, abandono da escola, partos prematuros, má formação congénita do bebé, baixo peso da criança ao nascer, sistema emocional descontrolado, infertilidade por infecções e até mesmo a morte, são consequências da gravidez precoce.
Além das consequências para a saúde, referiu o prelector, a gravidez precoce gera conflitos, como a insegurança financeira e dificuldades em educar as crianças.
O vice-coordenador da Associação dos Estudantes da Universidade Kimpa Vita, Edgar da Cruz Domingos, ao dissertar sobre o tema sobre a “A importância da Constituição da República”, disse tratarse de um documento importante, contendo 244 artigos e oito títulos que regem o funcionamento do Estado angolano.
“Quando se tem o conhecimento da Constituição da República, o cidadão nacional tem a oportunidade de conhecer os seus direitos e deveres, assim como saber onde começa e termina a sua liberdade”, explicou, o estudante universitário.