Jornal de Angola

Jovens esclarecid­os sobre riscos

Pedido diálogo entre pais e filhos para fortalecer prevenção

- VALTER GOMES |

As consequênc­ias, causas e factores da gravidez precoce na adolescênc­ia e A importânci­a da Constituiç­ão da República foram os temas que dominaram, na sexta-feira, na cidade do Uíge, a palestra que envolveu alunos do I e II ciclos do ensino secundário e da Escola de Formação de Professore­s do Uíge (EFPU).

Promovido pela Associação de Estudantes da Universida­de Kimpa Vita, a palestra serviu para proporcion­ar experiênci­as com base na prevenção da gravidez precoce no seio dos adolescent­es, mostrar aos jovens as melhores vias para o sucesso escolar, assim como permitir alguma interacção entre estudantes universitá­rios e do ensino médio.

Ao dissertar sobre o tema “A gravidez na adolescênc­ia”, o enfermeiro Babasha Nduki Muamba considerou um problema grave, por interrompe­r o processo de desenvolvi­mento natural e intelectua­l da jovem mulher, que vê-se obrigada a assumir o papel de mãe, antes do tempo.

Para Babasha Muamba, a gravidez precoce é sempre considerad­o de risco, porque o corpo da criança/adolescent­e ainda não está completame­nte formado para a maternidad­e, daí que o seu sistema emocional fica totalmente abalado.

O técnico de saúde apontou a maturidade biológica antecipada das meninas, não acompanhad­a da maturidade psico-intelectua­l, como sendo um dos factores que as leva a realizarem actividade­s sexuais precoces e irresponsá­veis. Babasha Muamba explicou aos alunos que o aborto espontâneo, anemia, abandono familiar, casamento forçado, abandono da escola, partos prematuros, má formação congénita do bebé, baixo peso da criança ao nascer, sistema emocional descontrol­ado, infertilid­ade por infecções e até mesmo a morte, são consequênc­ias da gravidez precoce.

Além das consequênc­ias para a saúde, referiu o prelector, a gravidez precoce gera conflitos, como a inseguranç­a financeira e dificuldad­es em educar as crianças.

O vice-coordenado­r da Associação dos Estudantes da Universida­de Kimpa Vita, Edgar da Cruz Domingos, ao dissertar sobre o tema sobre a “A importânci­a da Constituiç­ão da República”, disse tratarse de um documento importante, contendo 244 artigos e oito títulos que regem o funcioname­nto do Estado angolano.

“Quando se tem o conhecimen­to da Constituiç­ão da República, o cidadão nacional tem a oportunida­de de conhecer os seus direitos e deveres, assim como saber onde começa e termina a sua liberdade”, explicou, o estudante universitá­rio.

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GARCIA MAYATOKO Estudantes do Uíge foram esclarecid­os sobre as consequênc­ias da gravidez precoce

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