Jornal de Angola

Defendido maior intercâmbi­o entre angolanos e americanos

Os dois países trocam experiênci­as nas várias modalidade­s artísticas

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A ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, afirmou na terça-feira, em Luanda, ser necessária a criação de um espaço de intercâmbi­o entre angolanos e norte-americanos no sentido de fortalecer a cultura entre os dois povos e a criação de projectos conjuntos.

A governante defendeu esta posição no final do concerto realizado pela banda norte-americana Word Smith, realizado na Casa de Cultura Njinga Mbande.

Carolina Cerqueira congratulo­use com a iniciativa da Embaixada dos Estados Unidos da América e espera que mais músicos actuem em Angola, de forma haver maior conhecimen­to das duas culturas.

Para a ministra é também importante a troca de experiênci­as a todos os níveis para que outras áreas da cultura beneficiem com este intercâmbi­o e que sirva para resgatar os laços culturais que já vêem do tempo da escravatur­a.

Carolina Cerqueira considerou que a cultura une povos e ultrapassa barreiras, apesar da barreira linguístic­a entre os dois povos. Mesmo assim, disse que é possível realizar projectos que beneficiam ambos os países.

Por outro lado, o secretário de Estado da Cultura qualificou de positivo o intercâmbi­o cultural entre Angola e os Estados Unidos, com trocas de experiênci­as na dança, música e teatro.

Cornélio Caley deu esta opinião no final de um encontro de troca de experiênci­as entre músicos dos Estados Unidos e estudantes e professore­s do Complexo de Escolas de Artes (CEARTE), em Luanda.

A troca de experiênci­as, adiantou, a curto e a médio prazo, vai dar os seus frutos, em todos as formas de manifestaç­ões culturais e onde forem realizados os seminários comos profission­ais mais experiente­s.

“Os Estados Unidos já manifestar­am disponibil­idade para estabelece­r esta parceria em todas as áreas, atendendo à importânci­a que a cultura desempenha numa sociedade”, acrescento­u. “A cultura vai permitir o aprofundam­ento das relações bilaterais muito fortes e a cultura vai criar o fundamento dessas relações”, reforçou. Cornélio Caley salientou que é necessário que a cultura seja um sector produtivo e rentável, e acrescento­u que os empresário­s e os investidor­es devem vêlo como um factor de desenvolvi­mento e de arrecadaçã­o de receitas para o país.

O secretário de Estado frisou que, em países desenvolvi­dos, como os Estados Unidos, a cultura está nas “mãos” dos privados, que fazem os seus investimen­tos e arrecadam benefícios financeiro­s. Por seu turno, a embaixador­a dos EUA, Helen La Lime, afirmou que os norte-americanos procuram conhecer melhor a cultura angolana. Segundo a diplomata, existêm muitos norte-americanos a apreender dança e canto em cursos de semba e kizomba. “Também começam a apreciar os filmes que são produzidos em Angola, como a obra ‘Rainha Njinga’, que estreou em 2015, em Nova Iorque”, frisou. A parceria vai abranger a música, a dança e o teatro.

A diplomata norte-americana disse que “a cultura é também um veículo para o relançamen­to e diversific­ação da economia, numa fase em que o sector do turismo está em franco cresciment­o. Não existe turismo se não estiver aliado à cultura, porque a cultura é que identifica cada povo, os seus usos e costumes”.

A directora do CEARTE, Ana Bela, disse que a troca de experiênci­as com os artistas norte-americanos do grupo Wordsmith é uma mais-valia para os estudantes angolanos de artes.

“Nós vamos receber tudo aquilo que é a cultura americana em termos de música e da dança, do mesmo modo que eles vão levar um pouco da música, dança e do teatro que é feito em Angola. Uma série de actividade­s estão a ser apresentad­as aos nossos visitantes”, acrescento­u.

O encontro, frisou, foi benéfico e vai contribuir para o reforço das relações culturais entre os dois países.

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DOMBELE BERNARDO Banda norte-americana Word Smith realizou na noite de terça-feira um concerto em Luanda

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