Ndalatando mais bela para a festa da “Dipanda”
Ruas da cidade e bairros de Ndalatando, no Cuanza Norte, apresentam uma imagem mais agradável e saudável, com a implementação, pelo governo provincial, de um novo modelo de recolha e tratamento de resíduos sólidos, criação de novos espaços verdes, pintura de árvores e de lancis e colocação de bandeiras nos principais pontos, com vista a dar um melhor alento à festa da Independência, cujo acto central a mesma vai acolher.
Na cidade de Ndalatando, com o início da campanha de recolha de resíduos sólidos, desde o segundo trimestre deste ano, a reportagem do Jornal de Angola constatou que, diariamente, se observa homens e máquinas a cuidarem da imagem da antiga vila Salazar.
A ideia é recuperar a imagem da cidade e torná-la mais bonita e acolhedora, além de se criar um ambiente saudável para os moradores e visitantes. Para além disso, estão a ser criados novos espaços verdes, por forma a resgatar a mística de “Cidade Jardim”, há muito perdida.
A limpeza e o embelezamento da cidade têm sido, nos dias de hoje, motivo de debates nas escolas, empresas e até mesmo em hospitais e quartéis. Para esta empreitada, o governador provincial lançou recentemente um apelo aos munícipes no sentido de aplicarem-se, para se poder combater o lixo e haver saúde para todos.
Apesar de já terem sido realizadas várias actividades do género, na terça-feira, estudantes, funcionários públicos, militares e população em geral envolveram-se numa campanha massiva de recolha de resíduos sólidos nos principais pontos da cidade e bairros, com o objectivo de melhorar a vida nas comunidades, proteger a saúde dos cidadãos e propiciar um ambiente são para todos.
Uma vez mais, homens e máquinas estiveram envolvidos na limpeza e desassoreamento do rio Muembeji, sendo este um dos principais focos transmissores de enfermidades, como diarreia, shystosomíases, bilharzioses, doenças da pele, além dos mosquitos transmissores de várias outras doenças.
Para a operação de recolha de lixo no rio, foram precisos camiões basculantes e vários outros meios, como pás carregadoras e retroescavadoras, além de homens com catanas, enxadas, pás e ancinhos.
De acordo com o engenheiro Marcos Vieira, da empresa Cafuta Empreendimentos, o desassoreamento do rio Muembeji visa melhorar o padrão de vida da população, evitando assim os danos que ocorrem com inundações das residências construídas ao longo do percurso do rio, para além das inúmeras doenças dali provenientes.
Desta feita, disse, o governo provincial aprovou um plano emergencial imediato, por forma a travar qualquer situação calamitosa nesta época de chuvas.
O plano, para além da requalificação e melhoramento da orla do rio, inclui também a reabilitação dos muros laterais, aumento do caudal e o melhoramento das águas.
Segundo o responsável, neste momento, iniciou-se um trabalho de remoção da terra, limpeza do leito e das margens, desde a ponte da linha férrea, no bairro Possy, até à outra que dá acesso à rua dos Correios. A segunda fase passa por um plano de requalificação e realojamento de alguns populares que construíram próximo do leito do rio, ao longo do bairro do Sambizanga.
População aplaude
Os munícipes do centro da cidade e outros dos bairros Popular, Miradouro, Sambizanga, Camundai, Vieta, Sassa, Embondeiros e demais, onde o trabalho é mais visível, congratulam-se com a iniciativa da administração municipal e prometem continuar a apoiar o projecto, com vista a criar um ambiente aconchegante para o dia da Independência Nacional, além de se prevenirem de várias doenças causadas pela acumulação de lixo.
O munícipe António Gaspar, do bairro Miradouro, afirmou também terem recebido apoios, sobretudo no que concerne à cedência de alguns meios de trabalho, como ancinhos, catanas e enxadas por parte da administração. Os cidadãos agradecem a colaboração da empresa de saneamento, cujas máquinas e viaturas têm ajudado imenso neste trabalho.
Nos últimos tempos, notam-se novos contentores de lixo na cidade de Ndalatando, facto que estimula os cidadãos a não a depositarem o lixo no chão e, na maioria das vezes, em locais impróprios, provocando elevadas quantidades de dejectos em cada esquina, pelo que a recolha e remoção por parte da empresa afim tem sido a tempo e hora.