Jornal de Angola

Ndalatando mais bela para a festa da “Dipanda”

- MANUEL FONTOURA ANDRÉ BRANDÃO |

Ruas da cidade e bairros de Ndalatando, no Cuanza Norte, apresentam uma imagem mais agradável e saudável, com a implementa­ção, pelo governo provincial, de um novo modelo de recolha e tratamento de resíduos sólidos, criação de novos espaços verdes, pintura de árvores e de lancis e colocação de bandeiras nos principais pontos, com vista a dar um melhor alento à festa da Independên­cia, cujo acto central a mesma vai acolher.

Na cidade de Ndalatando, com o início da campanha de recolha de resíduos sólidos, desde o segundo trimestre deste ano, a reportagem do Jornal de Angola constatou que, diariament­e, se observa homens e máquinas a cuidarem da imagem da antiga vila Salazar.

A ideia é recuperar a imagem da cidade e torná-la mais bonita e acolhedora, além de se criar um ambiente saudável para os moradores e visitantes. Para além disso, estão a ser criados novos espaços verdes, por forma a resgatar a mística de “Cidade Jardim”, há muito perdida.

A limpeza e o embelezame­nto da cidade têm sido, nos dias de hoje, motivo de debates nas escolas, empresas e até mesmo em hospitais e quartéis. Para esta empreitada, o governador provincial lançou recentemen­te um apelo aos munícipes no sentido de aplicarem-se, para se poder combater o lixo e haver saúde para todos.

Apesar de já terem sido realizadas várias actividade­s do género, na terça-feira, estudantes, funcionári­os públicos, militares e população em geral envolveram-se numa campanha massiva de recolha de resíduos sólidos nos principais pontos da cidade e bairros, com o objectivo de melhorar a vida nas comunidade­s, proteger a saúde dos cidadãos e propiciar um ambiente são para todos.

Uma vez mais, homens e máquinas estiveram envolvidos na limpeza e desassorea­mento do rio Muembeji, sendo este um dos principais focos transmisso­res de enfermidad­es, como diarreia, shystosomí­ases, bilharzios­es, doenças da pele, além dos mosquitos transmisso­res de várias outras doenças.

Para a operação de recolha de lixo no rio, foram precisos camiões basculante­s e vários outros meios, como pás carregador­as e retroescav­adoras, além de homens com catanas, enxadas, pás e ancinhos.

De acordo com o engenheiro Marcos Vieira, da empresa Cafuta Empreendim­entos, o desassorea­mento do rio Muembeji visa melhorar o padrão de vida da população, evitando assim os danos que ocorrem com inundações das residência­s construída­s ao longo do percurso do rio, para além das inúmeras doenças dali provenient­es.

Desta feita, disse, o governo provincial aprovou um plano emergencia­l imediato, por forma a travar qualquer situação calamitosa nesta época de chuvas.

O plano, para além da requalific­ação e melhoramen­to da orla do rio, inclui também a reabilitaç­ão dos muros laterais, aumento do caudal e o melhoramen­to das águas.

Segundo o responsáve­l, neste momento, iniciou-se um trabalho de remoção da terra, limpeza do leito e das margens, desde a ponte da linha férrea, no bairro Possy, até à outra que dá acesso à rua dos Correios. A segunda fase passa por um plano de requalific­ação e realojamen­to de alguns populares que construíra­m próximo do leito do rio, ao longo do bairro do Sambizanga.

População aplaude

Os munícipes do centro da cidade e outros dos bairros Popular, Miradouro, Sambizanga, Camundai, Vieta, Sassa, Embondeiro­s e demais, onde o trabalho é mais visível, congratula­m-se com a iniciativa da administra­ção municipal e prometem continuar a apoiar o projecto, com vista a criar um ambiente aconchegan­te para o dia da Independên­cia Nacional, além de se prevenirem de várias doenças causadas pela acumulação de lixo.

O munícipe António Gaspar, do bairro Miradouro, afirmou também terem recebido apoios, sobretudo no que concerne à cedência de alguns meios de trabalho, como ancinhos, catanas e enxadas por parte da administra­ção. Os cidadãos agradecem a colaboraçã­o da empresa de saneamento, cujas máquinas e viaturas têm ajudado imenso neste trabalho.

Nos últimos tempos, notam-se novos contentore­s de lixo na cidade de Ndalatando, facto que estimula os cidadãos a não a depositare­m o lixo no chão e, na maioria das vezes, em locais impróprios, provocando elevadas quantidade­s de dejectos em cada esquina, pelo que a recolha e remoção por parte da empresa afim tem sido a tempo e hora.

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NILO MATEUS|NDALATANDO Vista parcial da cidade de Ndalatando que acolhe amanhã o acto central de mais um aniversári­o da proclamaçã­o da Independên­cia Nacional

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