Comité Paralímpico assinala aniversário
Vinte e dois anos após a instituição do desporto adaptado em Angola, a 10 de Novembro de 1994, o Comité Paralímpico Angolano (CPA) continua a debater-se com o dilema da falta de um terreno para a construção de um centro de treino desportivo.
Há mais de uma década que a instituição recorre, sem sucesso, ao governo da província de Luanda para a obtenção de uma parcela de terreno, para a edificação da infraestrutura, base para qualquer projecto de desenvolvimento no que ao desporto diz respeito.
O presidente da instituição, Leonel da Rocha Pinto, afirmou sobre o assunto que conta actualmente com a garantia de ajuda dada pelo ministro da Reinserção Social, Gonçalves Muandumba, mostrando-se esperançado.
O também presidente do Comité Paralímpico Africano afirmou que a experiência obtida ao longo das seis participações em Jogos Paralímpicos, a última em Setembro no Rio de Janeiro, demonstra que Angola deve evoluir para a cientificação do desporto e o centro de treinos é uma condição indispensável para atingir tal desiderato.
A implementação prática, fundamentalmente em África, da Convenção das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências, aprovada em Dezembro de 2006, é igualmente preocupação do CPA por ocasião de mais um aniversário. “A convenção define princípios consagrados na Carta das Nações Unidas, que reconhecem a dignidade e o valor inerentes e os direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana, como o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”, disse o líder da instituição que completa 22 anos.
O desporto adaptado é praticado de Cabinda ao Cunene, por via de nove associações provinciais e nove núcleos, num total de mais de 1.700 atletas das modalidades de atletismo, futebol com muletas, basquetebol em cadeira de rodas e natação.