Presidente recebe talentos
Reconhecimento pelo papel decisivo no desenvolvimento da ciência
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, foi ontem homenageado pela Associação Angolana de Inventores. O troféu da Federação Internacional das Associações de Inventores atribuído à representação angolana na última Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos e um Certificado de Honra da Associação Brasileira de Inventores, em reconhecimento do papel do Presidente José Eduardo dos Santos no desenvolvimento da Ciência e Tecnologia em Angola, foram entregues ontem durante um encontro de cortesia no Palácio Presidencial da Cidade Alta. Angola foi premiada este ano na Feira Internacional de Nuremberga, Alemanha, com três medalhas de ouro, duas de prata e cinco de bronze.
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, foi ontem homenageado pela Associação Angolana de Inventores. O troféu da Federação Internacional das Associações de Inventores atribuído à representação angolana na última Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos e um Certificado de Honra da Associação Brasileira de Inventores, em reconhecimento do papel do Presidente José Eduardo dos Santos no desenvolvimento da Ciência e Tecnologia em Angola, foram entregues ontem durante um encontro de cortesia no Palácio Presidencial da Cidade Alta.
“É uma bênção ter um líder, um pai da nação, com uma visão tão focada e ao mesmo tempo tão ampla para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, e isso justifica os prémios que os angolanos têm conquistado no exterior”, declarou Bitombekele Gomes, director da Associação Angolana de Inventores, que encabeçou o grupo de jovens ao encontro com o Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Bitombekele Gomes explicou ao Presidente angolano o motivo do reconhecimento da Associação Brasileira de Inventores: é uma associação com quem temos uma relação de parceria e cooperação, e por reconhecer que o nosso desempenho é um pouco fora do normal, já que somos de um país africano e num contexto de países em vias de desenvolvimento, procurou perceber a razão desse sucesso. “Eles ficaram muito admirados por verem um país africano alcançar todos esses êxitos no contexto da ciência e tecnologia e olharam para os documentos jurídicos, principalmente os decretos presidenciais, que reflectem uma visão estratégica a curto, médio e longo prazo, do desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação.
No que se refere aos diplomas que regem a política da inovação e tecnologia em Angola, Bitombekele Gomes destacou o decreto presidencial 224/11, que espelha, conforme referiu, uma visão muito ampla do Chefe de Estado angolano sobre o desenvolvimento da ciência e tecnologia.
“São poucos os países que têm líderes que pensam nesse sentido. É algo que a nível nacional pode não ter grande impacto, mas foram esses diplomas que nos levaram a garantir o suporte necessário para obter êxitos em eventos internacionais, particularmente na Alemanha onde Angola já conquistou 59 medalhas”.
Segundo o presidente da Associação Angolana de Inventores, as participações de Angola na Feira Internacional da Alemanha, que é hoje considerada a unidade de medida de capacidade inventiva dos países, têm resultado em algo mais do que o conjunto de medalhas arrebatadas. “Este ano alcançámos 10 medalhas, três de ouro, duas de prata e cinco de bronze.
Ser o único país da África negra a participar num evento internacional desse nível tem um significado, que é ter por trás a visão estratégica do Presidente da República, plasmada no decreto 224/11, que é a Lei que define a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, e que funciona como o pilar do processo de edificação de uma sociedade de conhecimento”.
A Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação busca criar uma sociedade de conhecimento através da inserção da ciência, tecnologia e inovação na estratégia de desenvolvimento do país, para que se transforme em factor determinante no combate à pobreza e melhoria de vida do cidadão.
Além da homenagem ao Presidente José Eduardo dos Santos, o encontro de cortesia na Cidade Alta permitiu a Bitombekele Gomes partilhar alguns dos projectos que a Associação Angolana dos Inventores tem em carteira. Desde logo, a ideia de se criar em Angola um espaço onde inventores possam dar largas à sua imaginação e produzir.
“O Brasil segue esse modelo e na Rússia existe uma cidade dos cientistas e da produtividade. Seria bom podermos concentrar os inventores num mesmo espaço geográfico, porque hoje estão espalhados cada um na sua casa em condições por vezes péssimas - à luz de vela - e mesmo assim estão a conseguir medalhas”.
Gestão das mentes
Para Bitombekele Gomes, ter os inventores juntos num contexto geográfico específico pode proporcionar uma boa gestão das mentes brilhantes de Angola, tal como em outros países. Outro projecto que a Associação Angolana de Inventores partilhou com o Chefe de Estado angolano foi o da criação de uma escola de modelagem.
“É um elemento fundamental que tem faltado aos nossos inventores e a nossa parceria com a congénere brasileira vai permitir transferência dessa tecnologia, e assim criarmos uma escola em Angola, onde será ensinada a modelagem para crianças para que desde cedo tenham cultura da tecnologia de modelagem”.
Ainda no âmbito da cooperação com a congénere brasileira, e com a colaboração do Ministério da Ciência e Tecnologia, a Associação Angolana de Inventores pretende realizar, em Maio do próximo ano, uma Feira Internacional dos Inventores, evento que deverá fazer parte, segundo Bitombekele Gomes, do circuito da Federação Internacional das Associações dos Inventores, com mais de 200 países.
Angola passou apenas este ano a membro efectivo dessa plataforma internacional.