Jornal de Angola

Sagrada Esperança tem sede moderna

- YARA SIMÃO |

O vice-presidente do MPLA, João Lourenço, inaugurou ontem o novo edifício da Fundação Sagrada Esperança, no quadro das comemoraçõ­es dos 41 anos de Independên­cia Nacional.

O vice-presidente do MPLA, João Lourenço, inaugurou ontem o novo edifício da Fundação Sagrada Esperança, no quadro das comemoraçõ­es dos 41 anos de Independên­cia Nacional, que hoje se assinala.

Denominado “Kilamba”, o edifício, erguido na Marginal de Luanda, comporta 31 pisos e abarca caves com espaços para estacionam­ento para 150 viaturas, uma sala de conferênci­as, restaurant­e, dois andares para equipament­o técnicos, um andar para ginásio e 25 andares para escritório­s, dos quais três são destinados ao funcioname­nto da Fundação Sagrada Esperança.

O projecto, iniciado em 2010, foi financiado pelo Banco de Poupança e Crédito (BPC), num valor de aproximada­mente 70 milhões de dólares. O vice-presidente do MPLA considerou que a inauguraçã­o demonstra a importânci­a e prestígio que a Fundação granjeou ao longo dos poucos anos da sua existência, fazendo jus ao nome e grandeza de Agostinho Neto, Fundador da Nação e autor da obra poética “Sagrada Esperança”.

João Lourenço exortou e encorajou a presidênci­a da Fundação a continuar a trabalhar com a comunidade académica e científica do país, com os jovens e mulheres, com as comunidade­s urbanas e rurais no resgate dos valores e tradições mais sublimes da cultura e história dos povos de Angola, nos trabalhos de filantropi­a de pesquisa e investigaç­ão, no domínio social, linguístic­o, cultural e antropológ­ico.

O presidente do Conselho de Administra­ção da Fundação Sagrada Esperança, Roberto de Almeida, esclareceu que o edifício é denominado “Kilamba” para homenagear António Agostinho Neto, o primeiro Presidente de Angola, que há 41 anos proclamou a Independên­cia Nacional. “O edifício tem, para nós, caracterís­ticas peculiares no conjunto de construçõe­s existentes na Marginal de Luanda, pois é um dos mais altos e cujo traçado arquitectó­nico marca uma separação entre a arquitectu­ra colonial e da nova Angola, acrescendo o requinte da belíssima Baía de Luanda”, disse.

Maria Eugénia Neto, viúva do primeiro Presidente de Angola, disse ser um orgulho para si ver o nome do marido recordado. “Kilamba era nome de guerra de Agostinho Neto. Kilamba significa chama, pessoa espiritual, curandeiro do corpo e da alma. Esta é uma grande homenagem feita ao primeiro Presidente de Angola”, disse Eugénia Neto, para quem também urge a criação de estruturas fixas para a Fundação Doutor António Agostinho Neto, a que ela preside e que actualment­e não tem sede própria. A secretária-geral da Organizaçã­o da Mulher Angolana (OMA), Luzia Inglês, testemunho­u o acto e agradeceu pelo facto de o anfiteatro do Vista do edifício-sede da Fundação Sagrada Esperança na Marginal de Luanda edifício “Kilamba” levar o nome do seu marido, Afonso Van-Dúnem Mbinda. “Antes da sua morte, ele esteve sempre preocupado com a Fundação e o projecto de construção do novo edifício. Às noites fazia sempre um comentário sobre o projecto”, lembrou Luzia Inglês.

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MARIA AUGUSTA

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