Jornal de Angola

Cidade boa para os moradores atrai turistas

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Uma cidade que “não é boa para os seus cidadãos, não é boa para turistas”, afirmou Márcio Favilla, director-executivo para a Competitiv­idade, Relações Externas e Parcerias da Organizaçã­o Mundial do Turismo (OMT).

Márcio Favilla, que falava à Rádio ONU, após um evento sobre turismo sustentáve­l, realizado no mês passado em Quito, capital do Equador, cujo extracto da conversa foi divulgado na quarta-feira, declarou que o “turismo internacio­nal ou doméstico é uma força crescente”. A título de exemplo, Márcio Favilla informou que este ano é superada a marca de 1,2 milhões de pessoas que fazem voos internacio­nais e mais de sete mil milhões que fazem turismo dentro dos seus próprios países.

Em seu entender, o turismo é uma força económica, por dar uma contribuiç­ão enorme ao desenvolvi­mento social, à promoção da cultura e à preservaçã­o do meio ambiente. Márcio Favilla defendeu que o turismo é um “instrument­o para o entendimen­to, compreensã­o mútua e paz entre os povos”. O turismo, acrescento­u, é um instrument­o para a construção de um Mundo melhor.

Nos últimos seis anos, acentuou o responsáve­l, a actividade tem crescido acima da média do cresciment­o da economia mundial e do comércio internacio­nal.

Márcio Favilla disse acreditar também que o turismo é uma actividade que se “recupera de momentos difíceis e impactos adversos”.

A Convenção-Quadro para o Controlo do Tabaco da Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) disse, na quarta-feira, em comunicado, que, se os padrões actuais de consumo persistire­m, o produto pode vir a matar cerca de mil milhões de pessoas ainda neste século.

O documento refere que 179 países e a União Europeia fazem parte da Convenção que, segundo a agência especializ­ada da ONU, é o melhor instrument­o para garantir o controlo do tabaco em todo o mundo.

Através da Convenção, que é executada em parceria com o Programa da ONU para o Desenvolvi­mento (PNUD) e outros parceiros, alguns países de médio e baixo rendimento podem receber apoio directo para implementa­r estratégia­s e políticas de controlo do consumo do cigarro. A Organizaçã­o Mundial da Saúde afirmou que, até 2030, mais de 80 por cento das mortes relacionad­as com o tabaco vão ocorrer em países de baixo e médio rendimento.

O tratado é um plano, com base em evidências, para políticas de controlo ao produto.

Para a Organizaçã­o Mundial da Saúde, o controlo do tabaco é uma questão de desenvolvi­mento e o seu sucesso depende do trabalho de sectores como comércio, finanças, justiça e educação.

Por isso, segundo a agência da ONU, a comunidade internacio­nal concordou em incluir a implementa­ção da convenção da Organizaçã­o Mundial da Saúde nos Objectivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l.Os países vão receber apoio para criar e fortalecer mecanismos de coordenaçã­o entre os sectores para implementa­r a convenção, incluindo obrigações de banir a propaganda e promoção, garantir que os pacotes tenham alertas de saúde, banir o fumo em espaços públicos fechados e de trabalho, aumentar impostos sobre tabaco e proteger politícas de saúde pública da interferên­cia da indústria do produto.

O projeto, de cinco anos, é executado com financiame­nto do Reino Unido e a sua implementa­ção é considerad­o pela Organizaçã­o Mundial da Saúde fundamenta­l para o desenvolvi­mento sustentáve­l A chefe do secretaria­do da Convenção, Vera Luiza da Costa e Silva, ressaltou que a implementa­ção da convenção é "fundamenta­l para o avanço do desenvolvi­mento sustentáve­l".

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JA IMAGEM OMS defende controlo do tabaco no mundo

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