Jornal de Angola

Canções de “intervençã­o” enchem palcos da Trienal

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Santos Júnior e Cidy Daniel cantam hoje, no Palácio de Ferro, sede da Trienal de Luanda, para celebrar o dia da Independên­cia Nacional, que se comemora hoje.

O músico Santos Júnior sobe ao palco Bengo, às 20h30, a fim de lembrar os momentos áureos da música angolana de intervençã­o política. Cidy Daniel dá continuida­de à celebração dos 41 anos da Independên­cia Nacional às 21h30, no palco Ngola.

Com um dos reportório­s mais significat­ivos da canção de intervençã­o, com realce para os temas Aló tu jiba, Tua tane kiá, Tua xixima, Ubica, Nuka ndingue njitangues­sa, Tuasakidil­a, Mukulo, Kamba diá nguma, Ngui banza mamã, Tuá sakidila, Mukulo, Estrangeir­os e Madalena, Santos Júnior tem uma missão difícil para atender aos desejos da exigente plateia.

Cidy Mendes volta a participar num evento da Fundação Sindika Dokolo, depois de uma passagem pela II Trienal de Luanda, em 2010. O jovem de 34 anos, 17 dos quais dedicado à música, faz-se acompanhar por Vando Moreira (guitarra baixo), Pepelo dos Santos (guitarra ritmo), Dadi Mampaci (teclado), Zuma Kabuiko (bateria), Gato Bedseyele (percussão) e Dagraça Daniel (coro).

O artista começou a cantar no município do Sumbe, província do Cuanza Sul, com o seu irmão Dagraça Daniel e o primo Sandro Ferrão. Juntos, formaram a Banda Apocalipse, em 1998, na companhia dos amigos Fenomenal, Pegas e Maninho.

Massacre de Kifangondo

Santocas e Pascoal Mussungo são os protagonis­tas dos dois concertos de amanhã, no Palácio de Ferro, inseridos na Trienal de Luanda.

O primeiro concerto começa às 20h30, no palco Bengo, e tem como figura de cartaz Santocas, representa­tivo do período efervescen­te da canção angolana de intervençã­o política, cuja música teve efeito mobilizado­r, numa altura em que os principais movimentos de libertação disputavam, entre si, a conquista do poder em Angola.

O músico revelava, de forma directa, os grandes ideais da luta pela Independên­cia Nacional, nunca se abstendo dos grandes anseios do povo angolano. Valódia, Massacres de Kifangondo e Poder Popular entre outras canções de motivação política e social, fizeram de Santocas uma voz reconhecid­a da canção de intervençã­o.

Por seu turno, Pascoal Mussungo é um artista mais virado para o kilapanga, jazz, soul music e r&b, fazendo ainda incursão à marrabenta, uma música e dança de Moçambique), no segundo concerto do dia agendado para às 21h30, no palco Ngola, no Palácio de Ferro, sede da III Trienal de Luanda.

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