Milhares de reclusos restituídos à liberdade
A Lei da Amnistia, aprovada este ano pela Assembleia Nacional, permitiu devolver a liberdade a sete mil reclusos que se encontravam presos por terem cometido crimes diversos.
O anúncio foi feito pelo directorgeral do Serviço Penitenciário, à margem do primeiro seminário metodológico do departamento de produção, que decorreu ontem na sala de reuniões do Hospital Prisão de São Paulo.
O comissário prisional principal, António Joaquim Fortunato, disse que alguns reclusos têm um acompanhamento deficiente por parte dos educadores pelo que é preciso trabalhar para se inverter o quadro.
O director explicou que os educadores sociais têm aconselhado os reclusos, tanto os que continuam privados de liberdade como aqueles que beneficiaram da amnistia, a evitarem cometer outros crimes para não regressarem à cadeia. O responsável explicou que 70 por cento dos jovens que estão privados da liberdade cometeram crimes contra a propriedade (roubos) para satisfazerem algumas necessidades sociais.
O Serviço Penitenciário do Ministério do Interior pretende, no próximo ano, alcançar colheitas satisfatórias nos 30 produtos agrícolas plantados em 43 campos produtivos existentes nos 40 estabelecimentos penitenciários do país, visando melhorar a dieta alimentar dos reclusos.
A ideia foi expressa na abertura do seminário metodológico do departamento de produção, que pretende fazer um diagnóstico mais aturado daquilo que se produz nos campos agrícolas, bem como a inventariação dessa actividade para que se possa atingir maior eficiência.
O director-geral do Serviço Penitenciário, António Joaquim Fortunato, afirmou que a realização desse seminário visa encontrar os melhores caminhos e critérios para relançar a actividade produtiva com mais eficiência, envolvendo os reclusos. Existem actualmente em todo o país 40 estabelecimentos penitenciários e 23 mil reclusos.