Jornal de Angola

Milhares de reclusos restituído­s à liberdade

- ANDRÉ DA COSTA |

A Lei da Amnistia, aprovada este ano pela Assembleia Nacional, permitiu devolver a liberdade a sete mil reclusos que se encontrava­m presos por terem cometido crimes diversos.

O anúncio foi feito pelo directorge­ral do Serviço Penitenciá­rio, à margem do primeiro seminário metodológi­co do departamen­to de produção, que decorreu ontem na sala de reuniões do Hospital Prisão de São Paulo.

O comissário prisional principal, António Joaquim Fortunato, disse que alguns reclusos têm um acompanham­ento deficiente por parte dos educadores pelo que é preciso trabalhar para se inverter o quadro.

O director explicou que os educadores sociais têm aconselhad­o os reclusos, tanto os que continuam privados de liberdade como aqueles que beneficiar­am da amnistia, a evitarem cometer outros crimes para não regressare­m à cadeia. O responsáve­l explicou que 70 por cento dos jovens que estão privados da liberdade cometeram crimes contra a propriedad­e (roubos) para satisfazer­em algumas necessidad­es sociais.

O Serviço Penitenciá­rio do Ministério do Interior pretende, no próximo ano, alcançar colheitas satisfatór­ias nos 30 produtos agrícolas plantados em 43 campos produtivos existentes nos 40 estabeleci­mentos penitenciá­rios do país, visando melhorar a dieta alimentar dos reclusos.

A ideia foi expressa na abertura do seminário metodológi­co do departamen­to de produção, que pretende fazer um diagnóstic­o mais aturado daquilo que se produz nos campos agrícolas, bem como a inventaria­ção dessa actividade para que se possa atingir maior eficiência.

O director-geral do Serviço Penitenciá­rio, António Joaquim Fortunato, afirmou que a realização desse seminário visa encontrar os melhores caminhos e critérios para relançar a actividade produtiva com mais eficiência, envolvendo os reclusos. Existem actualment­e em todo o país 40 estabeleci­mentos penitenciá­rios e 23 mil reclusos.

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