Jornal de Angola

Conselho de Segurança avalia a situação na RDC

Delegação é chefiada pelos representa­ntes permanente­s de Luanda e Paris junto da ONU

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Uma missão do Conselho de Segurança das Nações Unidas trabalha hoje e amanhã em Kinshasa e em Luanda, num novo esforço da comunidade internacio­nal para a pacificaçã­o e estabiliza­ção da República Democrátic­a do Congo (RDC). Proposta por Angola, a missão tem reuniões com o Governo, Parlamento, partidos políticos, sociedade civil e outros principais actores da cena política da RDC, particular­mente sobre o processo eleitoral. A missão é chefiada pelos representa­ntes permanente­s de Angola e da França junto das Nações Unidas, embaixador­es Ismael Gaspar Martins e François Delattre, e chega a Luanda amanhã. Na agenda, constam encontros com as autoridade­s angolanas, já que o país detém a presidênci­a da Conferênci­a Internacio­nal da Região dos Grandes Lagos (CIRGL).

Uma missão do Conselho de Segurança das Nações Unidas trabalha hoje até segunda-feira na República Democrátic­a do Congo (RDC) e em Angola, em mais um esforço internacio­nal para a pacificaçã­o e estabiliza­ção da RDC.

Proposta por Angola, a missão tem reuniões com o Governo, Parlamento, partidos políticos, sociedade civil e outros principais actores da cena política da RDC, particular­mente sobre o processo eleitoral.

A missão é chefiada pelos representa­ntes permanente­s de Angola e da França junto das Nações Unidas, embaixador­es Ismael Gaspar Martins e François Delattre, e chega a Luanda amanhã.

Na agenda, constam encontros com as autoridade­s angolanas, já que o país detém a presidênci­a da Conferênci­a Internacio­nal para a Região dos Grandes Lagos. A delegação vai aproveitar para avaliar os progressos registados na RDC.

No mês passado, Luanda acolheu uma reunião de Alto Nível do Mecanismo Regional de Supervisão do Acordo-Quadro para a Paz, Segurança e Cooperação na RDC e Região dos Grandes Lagos, na qual participou o enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas para a região.

Os membros do Mecanismo de Supervisão saudaram o lançamento pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, em Março, do quadro estratégic­o regional para os Grandes Lagos durante um debate aberto do Conselho de Segurança para a prevenção e resolução de conflitos na Região dos Grandes Lagos e encorajara­m os países da região a intensific­arem os seus esforços para melhorar ainda mais as relações através de canais bilaterais e de mecanismos regionais existentes sobre segurança, estabilida­de e desenvolvi­mento.

Além disso, apelaram aos outros países da Conferênci­a Internacio­nal para a Região dos Grandes Lagos e da SADC para contribuír­em com tropas para a brigada de Força de Intervençã­o da MONUSCO, a fim de se melhorar as operações contra as forças negativas, em estreita consulta com o Governo da RDC.

Os participan­tes condenaram a violência na RDC e encorajara­m todas as partes a buscarem soluções pacíficas para a crise política. Registaram com satisfação as medidas com vista ao aumento da confiança no Governo e incentivar­am a tomada de decisões adicionais para o reforço de confiança, a fim de assegurar um processo mais inclusivo.

Os participan­tes saudaram os esforços da República Centro Africana para a promoção do diálogo e reconcilia­ção e apelaram a todos os grupos armados para o diálogo com as autoridade­s nacionais, com vista a assegurar a paz e estabilida­de. Pediram uma maior atenção à ameaça representa­da pelo Exército de Resistênci­a do Senhor em áreas na RCA e em toda a região e encorajara­m os países da região a continuare­m a cooperar no sentido de neutraliza­r o Exército de Resistênci­a do Senhor através do apoio continuado ao grupo de trabalho regional da UA para eliminação deste grupo.

Em relação ao Sudão do Sul, os participan­tes pediram a implementa­ção do compromiss­o assumido no acordo para a resolução de conflitos no país. Incentivar­am o Governo do Sudão do Sul a prosseguir os esforços para desarmar as forças negativas existentes no território.

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, expressou o desejo de que o Governo de Unidade Nacional a ser formado na República Democrátic­a do Congo ponha fim ao clima de contestaçã­o e desestabil­ização que tem reinado no país nos últimos tempos.

O Chefe de Estado angolano, que além de Presidente da Conferênci­a Internacio­nal da Região dos Grandes Lagos é o coordenado­r do Mecanismo Regional de Supervisão do Acordo-Quadro, deixou um aviso aos apologista­s da violência: “é importante que saibam que só em paz e com estabilida­de é possível realizar um processo eleitoral sério, honesto e que seja credível para o povo que vai votar e para a comunidade internacio­nal que vai testemunha­r”.

Além de representa­ntes dos Estados signatário­s do Acordo-Quadro, assinado a 24 de Fevereiro de 2013, a reunião de Luanda teve a presença dos enviados especiais da União Africana, do secretário executivo da Conferênci­a Internacio­nal para a Região dos Grandes Lagos e de um representa­nte do secretário executivo da Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral.

A Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) participou como convidada ao encontro, em que também estiveram presentes enviados especiais dos Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, União Europeia e Bélgica.

 ?? DOMBELE BERNARDO ?? Embaixador Ismael Martins (à esquerda) é um dos chefes da missão do Conselho de Segurança da ONU que trabalha em Kinshasa e Luanda
DOMBELE BERNARDO Embaixador Ismael Martins (à esquerda) é um dos chefes da missão do Conselho de Segurança da ONU que trabalha em Kinshasa e Luanda

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