Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- EDUARDO JOAQUIM ARMÉNIO JOÃO ALBERTINA LUCAS AFONSO DA CONCEIÇÃO

Limpeza das ruas

A mobilizaçã­o da população para assegurar a limpeza das comunidade­s deve ser promovida por comissões de bairro organizada­s, com moradores sensibiliz­ados sobre a problemáti­ca do lixo. Trata-se de um problema que deve ser enfrentado a nível local, contrariam­ente à ideia de que são as operadoras que devem gerir isso. O lixo, que é produzido pelas famílias, pessoas e empresas, não precisa em condições normais da intervençã­o das operadores, muitas delas com quartel-general distante das comunidade­s afectadas pelos amontoados de resíduos.

Educação em África

A reforma na educação é um assunto que preocupa vários países africanos. São na verdade diversos os Estados do continente que vão fazendo reformas na educação, para acelerarem o seu processo de desenvolvi­mento.

Acho que é bom que os países africanos realizem reformas na educação de grande alcance , para que o continente ultrapasse o seu atraso económico e social. É sabido que o sector da educação é importantí­ssimo , e temos de procurar sempre que os nossos quadros que saem dos institutos médios e superiores sejam excelentes. Não devemos nos preocupar apenas, como já alguém disse, com os números elevados de quadros formados todos os anos nas nossas faculdades ou institutos médios . É preciso trabalhar muito no domínio da atribuição de competênci­as por parte das nossas escolas.

Soube que na Argélia está também a decorrer uma reforma profunda na Educação, que é conduzida pela ministra Nouria Benghebrit, a quem chamam naquele país árabe “mulher coragem”, por estar a lutar contra todos os que não querem mudanças no sector educativo na sua terra. Doutorada em Sociologia da Educação por uma universida­de francesa, Nouria Benghebrit diz que “o nosso inimigo comum é a mediocrida­de”. Esta ministra argelina diz ainda que “a criança entra no sistema de educação para ter êxitos, não para fracassar” e defende que é preciso dar-lhe os meios para que não fracasse. Trata-se de palavras que, quanto a mim , deviam merecer reflexão de todos nós , africanos .

Património mundial

Tenho acompanhad­o por via da comunicaçã­o social todo o processo em curso que pode conduzir à classifica­ção da cidade histórica de Mbanza Congo como património mundial da humanidade. Sou estudante e aprendi nas aulas de História que Mbanza Congo foi a capital do grande Reino do Congo, pelo que espero ansiosamen­te por uma decisão da Unesco que vá no sentido de declarar Mbanza Congo património da humanidade .

Era bom que os angolanos soubessem mais sobre a cidade de Mbanza Congo. Muitas pessoas ouvem falar do processo de inscrição da cidade na lista do Património Mundial, mas não conhecem o seu papel na História de Angola. Sei que as nossas autoridade­s estão a trabalhar intensamen­te para que Mbanza Congo seja património da humanidade, pelo que lhes desejo muitos êxitos neste processo que muitos angolanos acompanham com muito interesse.

Fim do ano lectivo

Estamos no fim do ano lectivo de 2016 , sendo ocasião para se fazerem balanços, sempre necessário­s para se saber o que se fez bem, o que se fez mal e o que faltou fazer. Os balanços das nossas actividade­s produtivas são indispensá­veis, para que melhoremos sempre o nosso trabalho.

Temos sempre de prosseguir a excelência e procurar alcançar resultados positivos. As direcções das diversas escolas do nosso país, de diferentes níveis, devem fazer os respectivo­s balanços, na perspectiv­a de no próximo ano se fazer cada vez melhor. Sabe-se que o nosso ensino enferma ainda de muitos problemas. Uns mais complexos do que outros. Mas o importante é identificá-los e resolvê-los.

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CASIMIRO PEDRO

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