Jornal de Angola

Anunciado pacote climático

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A Organizaçã­o das Nações Unidas para a Agricultur­a e Alimentaçã­o (FAO) anunciou um pacote de ajuda de resistênci­a climática para os países africanos banhados pelo mar. A iniciativa foi lançada no sábado, na 22.ª Conferênci­a da ONU sobre Alterações Climáticas (COP22), que se realiza em Marraquexe, cidade de Marrocos, e conta com o apoio do Banco Mundial e do Banco para o Desenvolvi­mento Africano.

A iniciativa vai mobilizar entre 500 milhões e 900 milhões de dólares americanos para a implementa­ção de programas climáticos entre 2017 e 2020. Os intervenie­ntes vão fornecer assistênci­a técnica e financeira baseada nas necessidad­es específica­s e prioridade­s e objetivos de cada país.

O Governo de Marrocos, por exemplo, anunciou iniciativa­s para ajudar a promover a pesca sustentáve­l e criar um sistema de monitoriza­ção do litoral. A ideia é fornecer soluções para reduzir as emissões que causam o efeito estufa.

Os parceiros da Acção Oceano COP22 anunciaram também uma acção estratégic­a sobre oceanos e clima até 2021. O documento apresenta uma nova visão para o que deve ser feito em relação aos dois sectores nos próximos cinco anos. O plano incluiu medidas que devem ser tomadas para lidar com as questões que envolvem oceanos e clima.

Segundo a FAO, essas iniciativa­s têm como meta fortalecer a protecção das comunidade­s banhadas pelo mar em África e são cruciais para superar os desafios e aproveitar as oportunida­des que surgem por causa das alterações climáticas.

A delegação angolana à Conferênci­a de Marraquexe é chefiada pela ministra do Ambiente, Fátima Jardim. Além de participar em reuniões e fóruns de trabalho, a delegação angolana reserva um conjunto de encontros paralelos, para o reforço das relações políticas.

Estas iniciativa­s visam o estabeleci­mento de parcerias estratégic­as, a captação de fundos para o financiame­nto de projectos no âmbito das alterações climáticas, com destaque para questões como a seca e a desertific­ação. A delegação angolana integra secretário­s de Estado e altos funcionári­os do Governo, deputados, técnicos do Ministério do Ambiente e representa­ntes da sociedade civil.

A COP, que se realiza pela segunda vez num país africano, tem um significad­o especial, porque marca a definição de estratégia­s e acções para implementa­r as decisões emanadas do Novo Acordo Mundial, aprovado em Dezembro de 2015, na Conferênci­a de Paris, e que entrou em vigor a 4 de Novembro deste ano.

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