Jorge Lorenzo vence folgado
Jorge Lorenzo despediu-se da Yamaha em grande estilo. Depois de quebrar o recorde do circuito de Valência no treino de qualificação de sábado e garantir a pole-position, o piloto espanhol liderou a prova de ontem de ponta a ponta e não encontrou dificuldades para chegar à vitória.
Campeão antecipado da temporada, Marc Márquez cruzou a linha de chegada em segundo, mantendo a posição da grelha de partida. Andrea Iannone surpreendeu e terminou em terceiro, à frente de Valentino Rossi. Maverick Viñales completou o grupo dos cinco primeiros colocados no GP de Valência.
Com uma partida primorosa, Lorenzo manteve o primeiro lugar desde o início. Iannone conseguiu saltar para a segunda posição e Viñales subiu para terceiro, deixando Rossi e Márquez para trás.
Mais rápido do que todos, Lorenzo não era ameaçado. Por outro lado, formou-se uma disputa pela segunda posição, envolvendo Iannone, Viñales, Rossi e Márquez. Faltando 26 voltas para o final, Rossi ultrapassou o piloto da Suzuki. Em seguida, foi a vez de Márquez superar o compatriota.
Após ultrapassar Viñales, Rossi foi para cima de Iannone, enquanto Márquez aparecia logo atrás. Andrea Dovizioso, mais atrás, tentava encostar nos primeiros colocados. Confortável na frente, Lorenzo alargava a vantagem na liderança.
De tanto insistir, Rossi superou Iannone quando faltavam 20 voltas para o final, mas não conseguiu sustentar a vantagem por muito tempo. Seis voltas depois, o piloto da Ducati devolveu a manobra. Na sequência, foi a vez de Márquez ultrapassar o “Doutor”.
Com Lorenzo imparável, a disputa pelos dois lugares restantes no pódio intensificou-se na parte final da corrida. Márquez venceu Iannone e assumiu a segunda posição, enquanto Rossi parecia ter perdido rendimento, permitindo a aproximação de Viñales. O italiano da Yamaha, no entanto, conseguiu recuperar e chegou a ultrapassar o compatriota da Ducati, que deu o troco instantes depois.
Estabelecido na segunda posição, Márquez aumentou o ritmo na caça a Lorenzo, mas o piloto da Yamaha campeão mundial de 2015, administrou a vantagem para chegar à vitória. Na luta pela última posição no pódio, Iannone superou Rossi, que ficou com o quarto lugar.
Rafael Nadal vai regressar à competição já em Dezembro, ainda que anteriormente tenha anunciado que só voltaria em 2017, devido a uma lesão no pulso esquerdo. Foi o próprio tenista espanhol que o anunciou nas redes sociais, dizendo que volta aos ‘courts’ no torneio de exibição em Abu Dhabi, de 29 a 31 de Dezembro. Um torneio de boas memórias, já que o venceu em três ocasiões.
Nesta edição, também estarão presentes Andy Murray, Jo-Wildried Tsonga, David Goffin e Tomas Berdych. Por outro lado, o seu adversário no court, e amigo fora dele, Roger Federer foi convidado de honra na inauguração da Academia de Rafa Nadal e até admitiu a possibilidade de colocar lá os filhos.
“Enviarei os meus filhos para aqui se quiserem jogar ténis”, garantiu, entre elogios dirigidos directamente ao espanhol. “És um exemplo para mim. Quando voltavas de lesão fazias tudo parecer muito fácil”, começou por dizer.
Nadal, por seu lado, não escondeu a felicidade de poder contar com a presença do rival na inauguração: “Significa muito que estejas aqui, Roger. Partilhámos grandes momentos no court e conseguimos manter uma grande relação. Devemos estar orgulhosos disso”.
Apesar de ter agora uma Academia, Nadal afastou o cenário de reforma, dizendo que ainda tem muitos anos pela frente enquanto atleta profissional e considerou que o seu futuro passa pela sua academia. O projecto, inaugurado oficialmente há uma semana, conta com 26 courts de ténis, um campo de futebol de 7 e residências para os estudantes. Na cerimónia estiveram presentes Francina Armengol, presidente do Governo das Ilhas Baleares, Chris Kermonde, líder da Associação de Ténis Profissional (ATP), Miguel Díaz, presidente da Real Federação espanhola da modalidade, para além de empresários e figuras da política do país.
A rivalidade entre Roger Federer e Rafael Nadal é das maiores da história do ténis mundial. Os jogadores confrontaram-se em 34 ocasiões e o espanhol leva uma larga vantagem: 23 vitórias contra 11 de Federer.