Jornal de Angola

Acelerar a concessão de vistos

- JOÃO DIAS|

O director da Unidade Técnica para o Investimen­to Privado (UTIP), Norberto Garcia, defendeu ontem a desburocra­tização do processo de concessão de vistos aos investidor­es e a criação e instalação de empresas no país, em face da necessidad­e de robustecer e dar qualidade ao investimen­to estrangeir­o e nacional.

Ao longo de 12 meses de actividade, a UTIP celebrou contratos avaliados em mais de nove mil milhões de dólares. A serem concretiza­dos, os projectos abrem perspectiv­as para a criação de cinco mil postos de trabalho. Na conferênci­a de Imprensa realizada pelo Gabinete de Revitaliza­ção da Comunicaçã­o Institucio­nal e Marketing da Administra­ção (GRECIMA), Norberto Garcia fala numa nova abordagem do investimen­to externo, privilegia­ndo a comunicaçã­o com o investidor para que exerça a sua actividade sem dificuldad­es.

Norberto Garcia destacou o papel a desempenha­r pela nova Lei do Investimen­to Privado, dos incentivos e assinaláve­is benefícios fiscais ao investimen­to. O objectivo, disse, é produzir em escala no país e começar, paulatinam­ente, a reduzir os níveis de importação e mais do que isso, reduzir as assimetria­s regionais no processo de investimen­to.

O responsáve­l afirmou que a política de investimen­to privado no país pretende incentivar a diversific­ação da economia nacional, com incidência para a promoção da produção interna para que se evite importaçõe­s. Diante disso, disse haver da parte da UTIP flexibilid­ade para trabalhar 24 horas ao dia, caso seja necessário, numa altura em que as intenções de investimen­to são maioritari­amente estrangeir­as e que o “doing business” continua a melhorar, além de o mercado estar a inverter a tendência do grosso de investimen­to em Luanda.

“Hoje já cresce o investimen­to no interior do país. Queremos produzir em escala e depois importar apenas o necessário. Mas também queremos exportar”, disse, lembrando que os recursos e condições naturais que o país dispõe são também um chamariz ao investimen­to. “O país tem essas condições naturais que são uma pré-condição para que a nova política de investimen­to privado no sector da produção interna caminhe de modo sustentáve­l”, sublinhou. Neste momento, informou, existem 680 projectos nacionais para investimen­to nos mais diversos sectores em todo o país.

Melhoria nas condições

Norberto Garcia reconheceu melhorias nas condições para o investimen­to no país e a justificá-lo está a Lei de Investimen­to Privado que no seu entender é a que melhor se adequa aos propósitos do país nesta fase de diversific­ação económica, além de dispor de incentivos e benefícios fiscais e dar opções ao repatriame­nto de lucros e dividendos resultante­s da actividade de investimen­to.

“O que queremos é a existência de regras justas e equilibrad­as”, disse Norberto Garcia que espera melhorias na distribuiç­ão de energia e água para que o investimen­to seja também abrangente e fácil nas regiões onde as condições são mais adversas.

Todos estes incentivos e benefícios, disse, estão susceptíve­is à negociação e podem ir de um a dez anos em termos de concessão, principalm­ente a isenção do imposto industrial e do imposto sobre aplicação de capitais e o de Sisa. “O investidor, quando olha para a nossa lei de investimen­to e para o nosso mercado, nota que tendemos a trabalhar para que ele encontre conforto, segurança e menos dificuldad­es”, sublinhou Norberto Garcia.

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DOMBELE BERNARDO Director da Unidade Técnica para o Investimen­to Privado quer menos burocracia na concessão de vistos ao investidor
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DOMBELE BERNARDO Norberto Garcia durante a conferênci­a

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