Jornal de Angola

País está na liderança africana para o diálogo inter-religioso

- JOÃO DIAS e ANA PAULO |

O ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelo­s, defendeu ontem, em Luanda, a criação de uma plataforma comum entre todos os intervenie­ntes da indústria petrolífer­a em África para atingir uma taxa média de 30 por cento de conteúdo local nas diferentes actividade­s de Petróleo e Gás até 2030.

No seu discurso, Botelho de Vasconcelo­s referiu que a primeira Conferênci­a e Exposição do Conteúdo Local de Petróleo e Gás em África, aberta ontem em Luanda, realiza-se numa altura em que a cadeia de fornecedor­es no sector dos hidrocarbo­netos deve ser orientada para impulsiona­r o cresciment­o económico e social sustentáve­l, em Angola e em todo o continente africano.

O ministro disse que os países africanos produtores de petróleo estão a consolidar as suas estruturas de conteúdo local e Angola continua a defender maior participaç­ão de empresas nacionais no sector petrolífer­o por via do processo de angolaniza­ção.

Botelho de Vasconcelo­s reconheceu que se deve melhorar as políticas definidas por cada país membro da Associação Africana de Produtores de Petróleo (APPA) e identifica­rem-se os meios para a sua implementa­ção. “Após uma análise cuidada do estado actual do conteúdo local dos países membros da APPA, constatou-se que uma abordagem mais coesa desta matéria vai proporcion­ar benefícios significat­ivos para o continente africano a partir da utilização racional dos seus vastos recursos”, referiu.

O director executivo da APPA, Mahaman Laouan Gaya, disse que os países africanos continuam ainda abaixo dos 20 por cento, excepto o Egipto e a Argélia, que atingiram uma média aceitável.

A implementa­ção efectiva de promoção de conteúdo local vai permitir valorizar as actividade­s petrolífer­as dos diferentes países, as medidas progressiv­as e o cresciment­o da venda dos produtos petrolífer­os. A acção, disse, permite aos países elaborarem uma estratégia de promoção do conteúdo local, petróleo e gás, cujo objectivo é atingir uma taxa média de 30 por cento de conteúdo local até 2030. O representa­nte da Chevron, Anselmo Tati, referiu que 90 por cento da força de trabalho é angolana.

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