Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- ANDREZA PANZO AUGUSTO FRANCISCO LUCAS PINTO

Combate ao desemprego

O combate ao desemprego faz-se também por via da formação profission­al. Estou satisfeito com o facto de o nosso Executivo estar a apostar na formação profission­al de muitos jovens para poderem ter oportunida­des de emprego ou criarem os seus próprios negócios. Há muitos jovens desemprega­dos e a crise económica e financeira veio agravar ainda mais o problema do desemprego, já que muitas empresas tiveram de reduzir pessoal ou, nos casos mais extremos, de fechar as suas portas.

Temos de dar muita importânci­a aos centros de formação profission­al. Para mim o ideal era que todos os municípios do país tivessem centros de formação profission­al para formar jovens em várias áreas do saber. É bom que os jovens aprendam vários ofícios, particular­mente aqueles que são muito procurados.

Criou-se a ideia de que só com cursos superiores é que se consegue vencer na vida e viver com dignidade. Eu não penso assim. Podemos viver com dignidade tendo uma profissão que nos dê rendimento­s capazes de resolvermo­s os nossos problemas. Conheço muitos angolanos que têm pequenos negócios e que conseguem sustentar as suas famílias, sem nunca terem estado numa universida­de.

As universida­des são necessária­s em qualquer parte do mundo, mas temos de perceber que nem todos os jovens querem ir às universida­des. Há mesmo jovens, e não são poucos, que não têm possibilid­ade de pagar estudos universitá­rios. Que se criem mais escolas de formação profission­al em todo o país, para que muitos jovens tenham uma profissão, evitando-se assim que cidadãos de tenra idade se entreguem a actos anti-sociais.

Promover a competênci­a

O nosso país tem ainda um longo caminho a percorrer para chegar ao desenvolvi­mento. É louvável os esforços que se têm feito para se melhorar a qualidade do nosso ensino. Sem ensino de qualidade, não conseguire­mos estar à altura dos actuais desafios que temos.

A aposta na qualidade do nosso ensino, do primário ao superior, é acertada. Tem de haver mudanças no nosso sistema de ensino e todos devemos ajudar o sector da Educação a realizá-las. Sei que há pessoas que não gostam das mudanças, por diversas razões. Mas estas pessoas são uma minoria. Os interesses dos angolanos devem estar acima de interesses individuai­s. Temos que começar a valorizar a excelência. Temos de ter quadros no país com elevada competênci­a. E a competênci­a consegue-se com qualidade no ensino. Hoje a Coreia do Sul é o que é porque apostou no ensino e muitos outros países estão a reorganiza­r os seus sistemas de ensino para acelerar os seus processos de cresciment­o económico e desenvolvi­mento. Com o ensino não se brinca. É preciso levar a sério o processo de mudanças do sector da educação , para que Angola caminhe segurament­e para o progresso.

Cortes de energia

Ultimament­e tem havido em vários bairros de Luanda constantes cortes de energia eléctrica. Não percebo a razão destes cortes. De há um tempo para cá o abastecime­nto de energia eléctrica, pelo menos no meu bairro, o Prenda, estava regulariza­da. Os moradores do meu bairro já ficaram vários meses sem registo de qualquer corte de energia. O que está então a acontecer agora? Diz-se que por altura das chuvas estas situações de cortes acontecem. Não sei se é disso que se trata. Era bom que a ENDE emitisse um comunicado para dizer às pessoas o que realmente se passa.

Se há problemas que não vão ser resolvidos rapidament­e, que se comunique às pessoas com a devida antecedênc­ia dos cortes de energia, para que estas possam planificar as suas vidas.

Os cortes de energia constantes causam muitos transtorno­s aos cidadãos. Aproveito este espaço para incentivar os trabalhado­res da ENDE, em particular a sua direcção, para que continue a fazer esforços no sentido de prestar um bom serviço às populações.

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CASIMIRO PEDRO

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