Forças iraquianas cometem abusos
Soldados iraquianos envolvidos na ofensiva para libertar Mossul mutilaram, alegadamente, integrantes do “Estado Islâmico”, denunciou ontem a ONG Human Rights Watch (HRW).
Pelo menos cinco corpos sofreram abusos em 3 de Outubro na cidade de Al Qayara, 50 quilómetros a Sul de Mossul, informou a ONG num comunicado no qual denuncia a execução de pelo menos um terrorista.
Vários membros do “EI” foram capturados quando tentaram atacar Al Qayara, cujo controlo haviam perdido no final de Agosto.
Segundo o comunicado, um vídeo mostra um homem com uniforme das Forças Especiais iraquianas que pede um canivete, enquanto diz que quer a cabeça do terrorista morto aos seus pés. A sub-directora da HRW para o Médio Oriente, Lama Fakih, lembrou no comunicado que mutilar os corpos e assassinar os prisioneiros é considerado crime de guerra.
“O Governo iraquiano deve controlar as suas forças e levá-las à justiça, para evitar a impunidade dos que cometem crimes”, acrescentou Lama Fakih.
A HRW também pediu às autoridades iraquianas que evitem que grupos com denúncias de abusos, participem na batalha de Mossul.
A HRW ignora, nos seus comunicados, que o “Estado Islâmico” não está abrangido pelas Convenções de Genebra, por ser um grupo terrorista e, como tal, os seus membros capturados não podem ser considerados prisioneiros de guerra.