Unidades fabris de Viana carecem de investimento
Pelos menos, 26 fábricas na Zona Especial Económica (ZEE) do município de Viana, em Luanda, precisam de pequenos investimentos para entrarem em pleno funcionamento e garantirem a produção de bens e serviços localmente, informou o responsável da entidade gestora da zona - a Sonangol Investimentos Industriais.
Em declarações à Angop, o engenheiro em sistema de controlo da Sonangol Investimentos Industriais, Leandro Quipungo, referiu que essas unidades fabris fazem parte da terceira fase do arranque das fábricas e estão em condições para operar. “Para as referidas unidades entrarem em pleno funcionamento, necessitam do apoio de parceiros interessados a investir com meios tecnológicos e financeiros, para a operacionalização completa das infra-estruturas”, afirmou.
Entre as unidades fabris que precisam de parcerias, o responsável apontou as fábricas de transformação de vidro, argamassa, telhas autoportantes e estruturas metálicas para construção de pavilhões. O técnico explicou que, à parte as fábricas que estão parcialmente paradas, estão em pleno funcionamento 27 unidades fabris na ZEE, entre as quais, de material eléctrico, de fibra óptica e de tubos.
O director-geral da fábrica de estruturas metálicas para construção de pavilhões, Joaquim Vicente, disse que a unidade fabril que dirige e que funciona desde o ano de 2012 e precisa apenas de máquinas modernas e de acessórios para a sua manutenção. Essa fábrica funciona hoje a setenta por cento e emprega 42 trabalhadores.
Na fábrica de transformação de vidro, funciona uma única linha de corte. A direcção explicou que as demais linhas, de corte e arestas, vidro duplo, laminado e temperado, precisam de pequenos investimentos. A responsável da unidade fabril, Josefa Figueiredo, referiu que o equipamento, que faz com que a fábrica funcione em plenitude, já foi adquirido, carecendo apenas de financiamento para a instalação do equipamento.
AAngop soube ainda que a fábrica de argamassa, especializada na produção de cimento cola, com capacidade instalada de cinco toneladas por dia, está também paralizada.
A fábrica de loiça sanitária, a única unidade no país, também necessita de investimentos para a sua operacionalização. A maior parte da matéria-prima é nacional, mas, ainda assim, precisa de outros aditivos para ter o produto final que, necessariamente, deve ser importado, admitiu o presidente do Conselho de Administração da Zona Económica Especial, António de Lemos.
O responsável notou que a operacionalização plena destas infra-estruturas construídas pelo Estado na ZEE - Viana vai desempenhar um papel fundamental no processo da diversificação da economia e no aumento da produção local.