Angola reitera ajuda à República Centro Africana
MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES NA CONFERÊNCIA DE DOADORES
Apesar da situação social e económica difícil, o Governo angolano reitera, tal como o fez durante o período de transição na República Centro Africana (RCA), a sua disponibilidade em prestar ajuda na medida das possibilidades.
O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, prestou ontem estas declarações em Bruxelas (Bélgica), na sede da Comissão da União Europeia (UE), na Conferência Internacional de Doadores para a RCA. O ministro afirmou que Angola solidariza-se com a República Centro Africana e apoia o processo de consolidação da paz e estabilidade em curso. “Podemos juntos contribuir para transformar a RCA num caso de sucesso combinado e partilhado com todos os amigos e parceiros”, disse o ministro, para acrescentar: “devemos, com as nossas acções, complementar os esforços internos do Governo da RCA, tendentes a criar as condições de segurança e estabilidade, de realização de importantes investimentos e de natureza financeira, como no capital humano e no acompanhamento de toda a aplicação do seu programa”. Georges Chikoti declarou que a presença da delegação na conferência traduz a vitalidade das boas relações existentes entre ambos os países e, também, o engajamento renovado de Angola em acompanhar a aplicação do Plano Nacional para a Paz e Reconstrução da República Centro Africana.
ARepública Centro Africana, disse o ministro, vive um novo ciclo político cuja visão estratégica, espelhada no Plano Nacional de Paz e Reconstrução apresentado, coloca o enfoque no fortalecimento do Estado, normalização da vida pública, garantia da estabilidade social, reconstrução económica e combate à pobreza. “Os ganhos alcançados, mesmo importantes, são ainda relativos. O processo de desarmamento, desmobilização e reinserção deve ser um facto para que a união e a reconciliação nacional se tornem efectivas e sejam o pólo de convergência de todos os actores políticos, para consolidar a plataforma democrática, na qual todos podem livremente expressar as suas ideias e defender os seus legítimos interesses”, enfatizou.