Senador Mitt Romney pode chefiar diplomacia
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prossegue as consultas para formar a sua equipa de transição, depois de ter recebido esta semana várias personalidades cotadas para desempenharem funções na sua administração.
Mitt Romney, um republicano moderado que foi derrotado por Barack Obama nas eleições presidenciais de 2012, reúne com Donald Trump este final de semana e está entre os indicados ao cargo de secretário de Estado, informaram meios de comunicação norte-americanos.
O ex-governador de Massachussets, de 69 anos, que foi um dos mais virulentos críticos de Donald Trump durante a campanha, vai ser recebido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, anunciou a CNN.
Segundo a NBC News, Romney é agora um dos candidatos a suceder John Kerry à frente da diplomacia norte-americana.
O senador pelo Alabama, Jeff Sessions, cotado para ocupar alguma pasta na próxima administração, pareceu confirmar, em parte, estas informações, ao deixar a Trump Tower, o QG de Donald Trump em Nova Iorque, na quinta-feira.
“Acho bom que o Presidente eleito se reúna com pessoas como Mitt Romney”, declarou o senador. “Tem muita gente talentosa com quem (Donald Trump) precisa manter boas relações de trabalho. E acho que Romney é capaz de fazer várias coisas. Estou certo de que é um dos contados. Mas é Trump quem tomará a decisão final”, acrescentou.
Apoio de Kissinger
Donald Trump fez uma pausa na quinta-feira no recrutamento da sua equipa de segurança nacional para pedir conselho a Henry Kissinger, um dos mais ilustres e polémicos dirigentes do passado.
Kissinger, actualmente com 93 anos, foi secretário de Estado e assessor de segurança nacional durante os governos dos presidentes Richard Nixon e Gerard Ford, foi o arquitecto da aproximação dos Estados Unidos e da China e ajudou a negociar os acordos de Paz de Paris que deram um fim à guerra do Vietname.
Kissinger continua a ser um respeitado especialista em política, mas a sua reputação foi ofuscada pelo seu papel no golpe de Estado no Chile, apoiado pela CIA, e no bombardeamento americano ao Cambodja. Trump, um multimilionário do sector imobiliário considerado inexperiente em política externa e em funções públicas, reuniu com Kissinger durante a campanha e recebeu-o na Trump Tower, a sua residência e quartel general de campanha. “Tenho um grande respeito pelo doutor Kissinger e aprecio que compartilhe as suas opiniões comigo”, disse Trump depois de o receber no seu luxuoso arranha-céus, em Nova Iorque.