Associação quer fundos no interior
Maior investimento no interior do país pode contribuir para a melhoria do desempenho da economia, considerou o presidente da Associal Industrial de Angola (AIA), José Severino, ao reagir à aprovação do Orçamento Geral do Estado de 2017 na Assembleia Nacional.
“É um orçamento exíguo por aquilo que o país precisa, mas que dá alguma esperança. Temos de mandar os recursos para o interior, visando reduzir as assimetrias e fixar a população nas suas zonas de origem para garantir o equilíbrio do sistema produtivo e político”, disse.
Lembrou que, com esse orçamento, o Executivo tem necessidade de recorrer a financiamentos interno e externo para dar continuidade ao processo de recuperação do crescimento económico. O presidente da AIA defende uma gestão criteriosa de recursos para que se possa atingir melhores resultados e pediu uma planificação, de modo a que os insumos para a agricultura cheguem aos camponeses em tempo oportuno.
Para José Severino, além agricultura, é devida mais atenção à indústria transformadora e a infra-estruturas como estradas e energia. A proposta de OGE, que foi aprovada com 150 votos a favor, 32 contra e uma abstenção, prevê receitas e despesas de 7,3 triliões de kwanzas, um défice fiscal de 5,3 por cento do PIB e uma taxa de crescimento de 2,1 por cento, sendo 1,8 do sector petrolífero e 2,3 do não petrolífero, bem como uma inflação de 15,8.