China quer cooperação séria
O Presidente da China, Xi Jinping, afirmou que o seu país está aberto a todas as formas de cooperação política e económica, desde que tenham lugar num ambiente desejável e respeitem as normas do direito internacional.
Xi Jinping fez estas declarações após o encontro com Barack Obama, Presidente cessante dos EUA, que está a “queimar” os últimos dias do seu mandato presidencial à frente da Casa Branca, depois da vitória do republicano Donald Trump no dia oito deste mês.
Os dois Presidentes trocaram impressões sobre o nível de cooperação entre os dois países e manifestaram preocupação em temas como o terrorismo e pobreza mundial. Xi Jinping e Barack Obama apreciaram, também, as diferenças nas relações bilaterais, mas manifestaram interesse em avançar em áreas como negócios, inovação e direitos humanos. Os dois estadistas reuniram-se em Lima pela última vez como Presidentes das duas maiores economias do Mundo, na reunião de Líderes do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (Apec), que terminou ontem.
Sem mencionar directamente o Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, Xi Jinping disse que a relação bilateral está num momento de mudança e que espera que haja uma transição sem complicações. “A relação entre os dois países é a mais consequente no Mundo. Continua a achar que uma relação construtiva entre os Estados Unidos e a China não só beneficia os nossos povos, mas também o Mundo inteiro”, enfatizou Barack Obama.
O chefe da Casa Branca destacou que os EUA e a China estabeleceram, nos últimos anos, uma associação efectiva para enfrentar desafios globais como o crescimento, prevenir que o Irão desenvolva armamento nuclear, epidemia do ébola e luta contra as mudanças climáticas. “Demonstrámos o que é possível quando os nossos países trabalham juntos. Em particular, os Estados Unidos e a China tiveram um papel principal em pressionar o Mundo para enfrentar a mudança climática”, detalhou Barack Obama.
O Presidente chinês, Xi Jinping, disse que a relação com os EUA durante o mandato de Obama se caracterizou por uma comunicação próxima e um contínuo crescimento, especialmente em temas como a mudança climática e a península coreana.
Eles reuniram-se com os líderes dos outros 19 países do bloco Apec, que representa 54 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) global e 50,3 das exportações mundiais.