O combate ao desemprego
Os deputados recomendaram recentemente a implementação de políticas públicas destinadas a aumentar o emprego no país. É positivo que os nossos parlamentares estejam preocupados com o desemprego no país que atingiu níveis preocupantes, depois da crise resultante da falência de muitas empresas, que não conseguiram resistir à crise económica e financeira que atravessamos. Sabe-se que as empresas são os agentes económicos que garantem numa economia de mercado um número considerável de empregos que contribuem para assegurar que muitas famílias tenham rendimentos para o seu sustento.
As empresas são um segmento importante no processo de combate à pobreza, pois as unidades produtivas podem assegurar empregos a milhares de pessoas, com repercussões positivas na vida de muitas famílias angolanas. É preciso que as políticas públicas de combate ao desemprego contemplem acções destinadas a garantir, se for caso disso, apoios a empresas em dificuldades financeiras, para que continuem funcionais. Ao mesmo tempo, será necessário fazer com que muitos angolanos se interessem pela vida empresarial, para que tenhamos cada vez mais unidades produtivas que criem empregos e produzam riqueza. Há muitos angolanos dispostos a enveredar pela actividade empresarial. Que a estes angolanos sejam dadas oportunidades de se afirmarem no mundo de negócios diminuindo-se cada vez mais a carga burocrática ao nível dos procedimentos para se criar uma empresa.
Temos de ter cada vez mais empresas, pequenas ou médias, produtoras de bens e serviços. Hoje há um número elevado de angolanos com pequenos negócios, que estão no mercado informal. Um número considerável de angolanos consegue rendimentos recorrendo ao mercado informal. Muitos destes angolanos não formalizam os seus negócios porque acham ainda que há excessiva burocracia para tratar dos seus assuntos. Era bom que as entidades competentes fizessem campanhas,para, não só incentivar as pessoas a criar empresas, mas também para falar-lhes das vantagens em ter as suas unidades produtivas formalizadas.
O Estado tem, por via das instituições competentes, de ser célere na formalização de negócios (que não são poucos) do mercado informal, até porque se ganha em termos de tributação, com a arrecadação de receitas que podem servir para financiar serviços necessários à população. Os parlamentares angolanos fizeram bem em tratar a questão do desemprego no país, pois trata-se de um dos nossos grandes problemas. Quando há desemprego muitas famílias correm o risco de se desestruturarem. É dever do Estado fazer com que as famílias tenham estabilidade, promovendo o emprego.
O Estado deve trabalhar permanentemente no sentido da promoção do bem-estar de todos os cidadãos. E o bem-estar consegue-se também por via de políticas centradas na criação de condições para que haja empregos em todo o país. A criação de escolas de formação profissional é uma das vias que o Estado escolheu, e bem, para reduzir o desemprego no seio da juventude. É importante que continue a aumentar o número de escolas de formação profissional, que bons resultados têm produzido ao nível do desempenho dos jovens que por lá passam. Há notícias de que muitos jovens formados nessas escolas de formação profissional criadas pelo Estado encontram geralmente emprego em empresas.
Vale a pena apostar também no ensino profissional, até porque há um número elevado de jovens que, por diversas razões, não pretendem ou não podem frequentar um instituto médio ou uma universidade. É pois importante que se dê oportunidade a estes jovens de adquirirem em escolas de formação profissional conhecimentos para terem em seis meses ou um ano uma profissão que os habilite a trabalhar por conta própria ou por conta de outrem. Foi bom os parlamentares terem abordado a questão do desemprego. Como órgão de soberania e casa das leis, a Assembleia Nacional tem também responsabilidades no que diz respeito ao desenvolvimento económico e social do país.
Os deputados não devem estar à margem dos grandes problemas do país. Eles foram eleitos pelo povo para ajudarem a resolver os seus problemas. Os parlamentares devem estar à altura da missão que lhes foi confiada pelo povo por via do voto. O desemprego no país é uma realidade. Perante esta realidade, é sempre importante que se recomendem soluções para um problema que afecta muitas famílias angolanas.
Os nossos governantes, que têm de resolver muitos problemas, não se cansam de procurar soluções para todos eles, porque estão sempre preocupados com a vida das populações. São muitos os exemplos de empenho das autoridades na resolução dos problemas do povo. Desde a conquista da paz em 2002, os governantes têm trabalhado arduamente para que todos os angolanos vivam com dignidade. Tem sido gigantesco o esforço das autoridades para fazer de Angola um lugar bom para se viver. A construção de uma sociedade de progresso tem sido complexa, mas os governantes estão preparados para os grandes desafios, no interesse do povo.