África maior beneficiária do fundo ambiental global
Os países africanos receberam 833 milhões de dólares nos últimos seis anos do Programa Global de Vida Selvagem, para combater o comércio ilegal de animais, um valor correspondente a 63 por cento do total de 1,3 mil milhões doados por 24 entidades internacionais ao conjunto dos países de África e da Ásia, desde 2010.
O Banco Mundial, que revelou a informação, num relatório analítico sobre o financiamento internacional para combater o comércio ilegal de animais selvagens, refere que a cifra equivale a cerca de 190 milhões por ano e os cinco principais beneficiários foram a Tanzânia, com oito por cento, a República Democrática do Congo e de Moçambique, ambas com cinco, seguidas pelo Gabão e o Bangladesh, cada um com três.
O relatório destaca que os fundos concedidos para combater e prevenir os crimes contra a natureza são escassos, para um total de 1.105 projectos em 60 diferentes países de várias regiões.
Doadores
O Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) encabeça a lista dos doadores, seguido pela Alemanha, Estados Unidos da América, Comissão Europeia e Banco Mundial. Só este grupo de doadores contribuiu com 1,1 mil milhão de dólares.
A vice-presidente do Banco Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, Laura Tuck, disse que os crimes ambientais privam os países dos seus recursos naturais e minam o seu desenvolvimento sustentável e inclusivo. Segundo ela, é preciso uma forte coordenação de esforços e de financiamento dos doadores para enfrentar o problema.